Nos capitulos anteriores...
Ceci conta para Icaraí que Silvio foi seu antigo noivo mas que nada a impede de ter um relacionamento com ele. Abaeté leva suas malas para morar na casa do pai Peri no quarto de Jassanã.
Icaraí e Peri se encontram pela primeira vez e ela pede para terem uma conversa particular entre ela, ele e Ceci.
Peri já estava no local. Passou pelas prateleiras e puxou alguns livros. Icaraí apareceu com Ceci logo atrás. Ele continuou a olhar o livro que tinha na mão até escutar a voz dela e sentir sua presença:
- Eu já ouvi muita coisa sobre você, Peri. Coisas boas... e coisas más. Dessa vez eu quero esquecer o que já escutei e saber por você. Quero que diga como é o meu pai. Como é você.
Peri não entendeu perfeitamente qual era o propósito daquilo. Icaraí complementou:
- Quero te conhecer pelo que me diz de si próprio e não pelo o que os outros dizem.
Ele passou a entender melhor o que ela queria. Icaraí havia escutado muitas coisas ruins sobre Peri da mãe, mas, depois de conhecer Ceci, seus conceitos sobre o pai mudaram. Ela, então, gostaria de escutar dele tudo o que conheceu por duas versões.
Peri respirou fundo e iniciou:
- Eu... me chamo Peri. Filho de Jiguê com e Fenoméia. Aos... sete anos, minha mãe faleceu. Ela estava com pneumonia. Esconderam isso de mim na época, achavam que eu seria um garoto traumatizado se a visse no estado que estava. Sendo assim, me disseram que ela havia abandonado a mim e à meu pai. Eu não me tornei uma criança traumatizada mas algo muito pior do que isso. Eu passei a ser um jovem rebelde, arrogante e violento por trás dos olhos de meu pai. Tinha uma raiva imensa da minha mãe até descobrir a verdade sobre sua morte somente aos meus dezoito anos.
Icaraí e Ceci se sentaram nas cadeiras do quarto por ver o quanto aquele 'desabafo' de Peri seria longo. Ele continuava:
- Eu permaneci com minhas atitudes rudes começando à sentir arrependimento aos poucos. Peguei várias mulheres à força e na última delas, vi que havia ido longe demais. E essa era a...
- Amanauci. - Ceci completou.
- Minha mãe.
Peri se sentia mal ao contar e lembrar de todo o seu passado, mas continuava mesmo assim:
- Fui perseguido por pessoas que viram o que fiz e acabei atropelando um bebê. Não aguentava esconder a besteira que tinha feito e contei tudo ao meu pai. Toda a verdade sobre mim. E... foi a partir desse momento... que a minha vida mudou completamente. Minha mudança no jeito de ser e meu arrependimento trouxeram muitas coisas ruins e boas. Eu vi meu pai... morrer... por causa das bombas... - Emocionava-se ao lembrar da tragédia. - as bombas... durante a guerra norte-americana. Também soube que o bebê que atropelei era um dos meus filhos desconhecidos, o Abaeté.
Ceci o escutava atentamente, alguns detalhes da vida do marido ela não conhecia.
- Em compensação, eu ganhei uma filha ao encontrar uma moça grávida pedindo ajuda. Deixei de ser o homem arrogante que era, passei a cuidar da empresa do meu pai e... conheci a mulher da minha vida. - Olhou para Ceci. - Esses fatores foram o que me fizeram a ver a vida de outra forma, de uma forma mais esperançosa de que tudo daria certo. E após superar tantas dificuldades e problemas, que acredito que parte sejam devido à tudo de ruim que fiz no passado, aqui estou eu... conhecendo meus filhos... junto com a minha amada... cuidando da minha empresa... - As lágrimas caiam do rosto de Peri que passava a sorrir. - Reconheço que ainda tenho que mudar meu jeito de ser. Pois se eu acreditasse mais nas pessoas - Olhou novamente para Ceci - ou contasse a verdade para elas imediatamente - Lembrou da dor de Jassanã -, muitos problemas não existiriam. Eu preciso enxergar quem realmente gosta de mim e não duvidar dessas pessoas. Mas eu juro, eu juro que farei de tudo para que nada mude na minha vida a partir desse momento. Que tudo só melhore daqui por diante.
Ceci e Icaraí estavam emocionadas.
- Estou muito feliz por ver a casa cheia, muito feliz por ter minha filha e esposa em casa novamente e muito feliz por conhecer meus dois outros filhos. Essa é a minha vida, Icaraí. Espero que me aceite como seu pai.
Icaraí ficou parada por um instante, encarando Peri até decidir abraçá-lo.
Ceci sorriu pra ele, mostrando que fez tudo certo, e logo em seguida o beijou.
- Já acabaram? - Jassanã pergutou, ao vê-los sair do quarto de livros. Estava magoada por ter sido 'excluída' da conversa.
Os três estavam com um rosto vermelho de tanto chorar.
- Sim - Ceci respondeu.
- Jassanã - Peri a chamou - Essa aqui é Icaraí, sua irmã.
Jassanã sentiu uma vontade de ser grosseira como era antes mas ao pensar nisso, Icaraí, emocionada, a abraçou carinhosamente. O susto daquele ato de Icaraí a cativou.
Aos poucos Jassanã mudava seu jeito de ser e a raiva que estava sentindo daquela nova filha do pai foi sumindo.
Amanauci acordou assustada por ver tanto movimento na casa.
Jassanã e Icaraí conversavam com Ceci e Peri tentando entrar na conversa.
Abaeté descia as escadas depois de tomar um banho no quarto de Jassanã.
Amanauci falou, avisando à todos que havia acordado:
- Filha, está tarde. Temos que ir pro hotel. - disse, sonolenta e ignorando a existência de Peri à sua frente.
- Já? - Icaraí perguntou. - Vamos ficar mais um pouco.
- Por que vocês não ficam aqui?
CONTINUA NO CAPITULO 89 - NÃO ESTÁ PERFEITAMENTE CLARO
Ceci conta para Icaraí que Silvio foi seu antigo noivo mas que nada a impede de ter um relacionamento com ele. Abaeté leva suas malas para morar na casa do pai Peri no quarto de Jassanã.
Icaraí e Peri se encontram pela primeira vez e ela pede para terem uma conversa particular entre ela, ele e Ceci.
Peri já estava no local. Passou pelas prateleiras e puxou alguns livros. Icaraí apareceu com Ceci logo atrás. Ele continuou a olhar o livro que tinha na mão até escutar a voz dela e sentir sua presença:
- Eu já ouvi muita coisa sobre você, Peri. Coisas boas... e coisas más. Dessa vez eu quero esquecer o que já escutei e saber por você. Quero que diga como é o meu pai. Como é você.
Capítulo 88 - Desabafo
Peri não entendeu perfeitamente qual era o propósito daquilo. Icaraí complementou:
- Quero te conhecer pelo que me diz de si próprio e não pelo o que os outros dizem.
Ele passou a entender melhor o que ela queria. Icaraí havia escutado muitas coisas ruins sobre Peri da mãe, mas, depois de conhecer Ceci, seus conceitos sobre o pai mudaram. Ela, então, gostaria de escutar dele tudo o que conheceu por duas versões.
Peri respirou fundo e iniciou:
- Eu... me chamo Peri. Filho de Jiguê com e Fenoméia. Aos... sete anos, minha mãe faleceu. Ela estava com pneumonia. Esconderam isso de mim na época, achavam que eu seria um garoto traumatizado se a visse no estado que estava. Sendo assim, me disseram que ela havia abandonado a mim e à meu pai. Eu não me tornei uma criança traumatizada mas algo muito pior do que isso. Eu passei a ser um jovem rebelde, arrogante e violento por trás dos olhos de meu pai. Tinha uma raiva imensa da minha mãe até descobrir a verdade sobre sua morte somente aos meus dezoito anos.
Icaraí e Ceci se sentaram nas cadeiras do quarto por ver o quanto aquele 'desabafo' de Peri seria longo. Ele continuava:
- Eu permaneci com minhas atitudes rudes começando à sentir arrependimento aos poucos. Peguei várias mulheres à força e na última delas, vi que havia ido longe demais. E essa era a...
- Amanauci. - Ceci completou.
- Minha mãe.
Peri se sentia mal ao contar e lembrar de todo o seu passado, mas continuava mesmo assim:
- Fui perseguido por pessoas que viram o que fiz e acabei atropelando um bebê. Não aguentava esconder a besteira que tinha feito e contei tudo ao meu pai. Toda a verdade sobre mim. E... foi a partir desse momento... que a minha vida mudou completamente. Minha mudança no jeito de ser e meu arrependimento trouxeram muitas coisas ruins e boas. Eu vi meu pai... morrer... por causa das bombas... - Emocionava-se ao lembrar da tragédia. - as bombas... durante a guerra norte-americana. Também soube que o bebê que atropelei era um dos meus filhos desconhecidos, o Abaeté.
Ceci o escutava atentamente, alguns detalhes da vida do marido ela não conhecia.
- Em compensação, eu ganhei uma filha ao encontrar uma moça grávida pedindo ajuda. Deixei de ser o homem arrogante que era, passei a cuidar da empresa do meu pai e... conheci a mulher da minha vida. - Olhou para Ceci. - Esses fatores foram o que me fizeram a ver a vida de outra forma, de uma forma mais esperançosa de que tudo daria certo. E após superar tantas dificuldades e problemas, que acredito que parte sejam devido à tudo de ruim que fiz no passado, aqui estou eu... conhecendo meus filhos... junto com a minha amada... cuidando da minha empresa... - As lágrimas caiam do rosto de Peri que passava a sorrir. - Reconheço que ainda tenho que mudar meu jeito de ser. Pois se eu acreditasse mais nas pessoas - Olhou novamente para Ceci - ou contasse a verdade para elas imediatamente - Lembrou da dor de Jassanã -, muitos problemas não existiriam. Eu preciso enxergar quem realmente gosta de mim e não duvidar dessas pessoas. Mas eu juro, eu juro que farei de tudo para que nada mude na minha vida a partir desse momento. Que tudo só melhore daqui por diante.
Ceci e Icaraí estavam emocionadas.
- Estou muito feliz por ver a casa cheia, muito feliz por ter minha filha e esposa em casa novamente e muito feliz por conhecer meus dois outros filhos. Essa é a minha vida, Icaraí. Espero que me aceite como seu pai.
Icaraí ficou parada por um instante, encarando Peri até decidir abraçá-lo.
Ceci sorriu pra ele, mostrando que fez tudo certo, e logo em seguida o beijou.
- Já acabaram? - Jassanã pergutou, ao vê-los sair do quarto de livros. Estava magoada por ter sido 'excluída' da conversa.
Os três estavam com um rosto vermelho de tanto chorar.
- Sim - Ceci respondeu.
- Jassanã - Peri a chamou - Essa aqui é Icaraí, sua irmã.
Jassanã sentiu uma vontade de ser grosseira como era antes mas ao pensar nisso, Icaraí, emocionada, a abraçou carinhosamente. O susto daquele ato de Icaraí a cativou.
Aos poucos Jassanã mudava seu jeito de ser e a raiva que estava sentindo daquela nova filha do pai foi sumindo.
Amanauci acordou assustada por ver tanto movimento na casa.
Jassanã e Icaraí conversavam com Ceci e Peri tentando entrar na conversa.
Abaeté descia as escadas depois de tomar um banho no quarto de Jassanã.
Amanauci falou, avisando à todos que havia acordado:
- Filha, está tarde. Temos que ir pro hotel. - disse, sonolenta e ignorando a existência de Peri à sua frente.
- Já? - Icaraí perguntou. - Vamos ficar mais um pouco.
- Por que vocês não ficam aqui?
CONTINUA NO CAPITULO 89 - NÃO ESTÁ PERFEITAMENTE CLARO