Sem economizar em risadas, Alessandra Maestrini, 33 anos, confessa que está adorando o lado sedutor da personagem Ditta, da novela Tempos Modernos (Globo). Sugere roupas, questiona se pode fazer um penteado, pede para caprichar na maquiagem... Interesses e preocupações que são uma novidade na vida da atriz, já que, de coque ede cara lavada, ela era, até há pouco tempo, chamada na rua de Bozena, a simplória empregada da cidade paranaense de Pato Branco, do humorístico Toma Lá Dá Cá (Globo), que a tornou conhecida. Graças ao papel atual, o momento é para brincar de se enfeitar, como ela diz. Agora, quando anda nas ruas, é capaz de surpreender os fãs, que confessam achá-la mais bonita ao vivo. ''Que bom que a surpresa é essa, pior se fosse o contrário'', diz ela soltando uma gargalhada. Ditta lhe trouxe um ar mais sensual e elegante, além de estimulá-la a refazer o próprio guarda- roupa. ''Esse lado mais mulher estáaflorando agora. Estou mais sedutora.'' Filha do americano Emílio Maestrini, 71, engenheiro de mineração, e da fotógrafa e tradutora Noêmia Maestrini, 64, a atriz, nascida em Sorocaba (SP), Alessandra conta como lidou com a ausência da figura paterna, já que o pai sempre morou no exterior. A seguir, trechos de um bate-papo com a atriz. | |
O glamour ''Gostava muito de fazer a Bozena, eu a favorecia, mas a Ditta gosta muito de mim, ela me favorece. No Toma Lá Dá Cá, não me deixavamnem botar blush. Sempre fui moleca no jeito de me vestir, mas, quando surgiu a Ditta, foi uma descoberta. Mudei tudo para ficar mais bonita. Agora estou vendo como é divertido me enfeitar. Já comecei a mudar o meu armário. Estou me sentindo mais sedutora. Se fosse homem, eu me pegaria e me namoraria.'' | |
Amor tranquilo ''Gostei de ficar mais madura. Percebo que estou mais tranquila para namorar. Sempre fui de paixões e a paixão tem muito tesão, mas tem sofrimento também. Estougostando de ser atingida por um sentimento sem deixar que ele puxe meu próprio tapete. Estou muito feliz na área amorosa e não é ninguém do meio, é de ponta (risos).'' | |
De olho na balança ''Comecei a fazer canto lírico quando conheci a voz da Barbra Streisand, aos 15 anos, e passei a cantar em casa. Quando minha mãe ouviu, disse que eu deveria fazeraulas. Estudei com a Vera do Canto e Mello (famosa professora de canto). Depois, ganhei uma bolsa para estudar música nos Estados Unidos e fiquei nove meses fora. Voltei porque senti muita saudade do Brasil. Engordei 8 quilos, fiquei em depressão. Quando chegueiaqui, encontrei o Claudio Botelho (um dos principais nomes do teatro musical no Brasil) e ele me chamou para fazer um espetáculo. Há uns dez anos, comecei a atuar.'' | |
Em movimento ''Hoje, peso 55 quilos e tenho 1,62 metro. O meu segredo? Tudo o que faço é andando, seja falar ao telefone,escovar os dentes, se tiver de ir a algum lugar... Isso me ajuda a gastar a energia da minha hiperatividade. Às vezes, tem algum amigo desavisado que me chama para andar. Uma hora vem a pergunta: Quando a gente para? Após a novela, quero fazer musculação. Com essa coisa de tirar fotos para matérias, quero investir maisnessa brincadeira de estar gostosa e bonita''. | |
Aprendizado ''A Ditta me toca muito. Às vezes, começo uma cena chorando e não consigo parar. Estou lidando com uma fragilidade até então escondida. Meu pai sempre morou no exterior e esse é um dosmotivos pelo qual ela me comove tanto (Ditta é uma cantora de ópera que deixa a família em São Paulo para se dedicar à carreira internacional). Compreendia meu pai, mas é, claro, que sempre senti falta dele. É bom poder viver o outro lado, do que ele passou, pois ele também sentia saudade. Meus pais se separaram quando eu tinha 7 anos, mas ele sempre morou fora. Minha mãe entendeu que não ia dar para manter o casamento daquela forma, já que ela nunca quis viver no exterior.'' |
Fonte: CONTIGO