a PEÇA

 

Espetáculo reúne figurino, dança e interpretações musicais dignas da Broadway

A história do figurino, por exemplo, nasceu da necessidade de se montar looks fidedignos aos anos 1940, o que realmente aconteceu, de acordo com a figurinista da peça, Miko Hashimoto. “Além de termos produzido muita coisa por aqui – em parceria com Chris Daud para Claudeteeca (que fez os figurinos de Francine, interpretada por Alessandra Maestrini) e com os alfaiates Reinaldo Villar e David Gustavo Fuckner (que confeccionaram o figurino masculino usando tecidos da Collezione Paramount) – fizemos uma imersão em vários locais nos Estados Unidos, principalmente para montagem de looks como os uniformes de marinheiro e roupas do exército da época. Nesses lugares, tivemos a oportunidade de achar peças de época idênticas às utilizadas naquela década”, afirma. São mais de 400 looks, sendo que as principais adaptações foram os tecidos usados nas roupas dos bailarinos, dando prioridade a tecidos tecnológicos e flexíveis, devido a coreografia, que também limitou o uso de acessórios. Era uma época de muitos chapéus, bolsas, acessórios em geral, mas foram tirados muitos acessórios por praticidade e mobilidade dos atores e bailarinos. Completando o visual, os sapatos da protagonista são da Masqué e os da orquestra da CNS. Na parte de coreografia, Anselmo Zola, deu seu toque de brasilidade aos movimentos dos bailarinos, que executam movimentos plasticamente perfeitos, sem fugir do roteiro proposto. “Não queria apenas uma reprodução das danças de época, por isso, trabalhei em cima do que poderíamos aproveitar desse maior “molejo” do brasileiro e o resultado foi muito bom”, completa Zola. Os sapateados também são um show à parte e foram coordenados por Kika Sampaio. Numa das cenas, parte do elenco consegue reproduzir perfeitamente os sons de uma locomotiva da época, configurando a partida da protagonista Francine Evans para uma grande turnê por todo os Estados Unidos.