[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
Por Walcyr Carrasco
Eu leio as notícias sobre a tragédia no Japão e me sinto muito esquisito. O fato é que minha novela “Morde & Assopra”, que estreia dia 21 na Globo, começa com… Um terremoto no Japão. Foi uma cena dificílima de gravar, em que a atriz Adriana Esteves (acima caracterizada como sua personagem, a Júlia) quase é engolida por uma rachadura. Mas ficou incrível! Transmite a emoção, o risco de um terremoto.
Hoje acordei e vi as notícias. Há uma coincidência incrível de data, de proporção, em relação ao que escrevi na novela e ao que aconteceu. Mas eu escrevi meu primeiro capítulo há meses!
Já notei que autores às vezes têm uma espécie de premonição. Comigo já aconteceu antes. Sempre tenho uma sensação estranha. Não ocorre somente comigo. O caso mais surpreendente é o do escritor Morgan Robertson. Publicou um livro chamado “Titan” sobre o naufrágio de um transatlântico de luxo ao colidir com um iceberg, catorze antes do Titanic afundar, em 1912! E mais: com vários detalhes semelhantes aos que ocorreram na realidade.
Não estou dizendo que autores fazem profecias. E que eu poderia ganhar a vida com uma bola de cristal. Mas quando sento para escrever, entro em outro estado, talvez próximo da meditação. Talvez consiga captar alguma coisa, não sei. Ou também, como muitos preferem acreditar, pode ser coincidência.
Eu lamento muito o que aconteceu no Japão. Sinto que tive, sim, uma espécie de sexto sentido. Os processos criativos são indecifráveis. Os da alma também.
Eu leio as notícias sobre a tragédia no Japão e me sinto muito esquisito. O fato é que minha novela “Morde & Assopra”, que estreia dia 21 na Globo, começa com… Um terremoto no Japão. Foi uma cena dificílima de gravar, em que a atriz Adriana Esteves (acima caracterizada como sua personagem, a Júlia) quase é engolida por uma rachadura. Mas ficou incrível! Transmite a emoção, o risco de um terremoto.
Hoje acordei e vi as notícias. Há uma coincidência incrível de data, de proporção, em relação ao que escrevi na novela e ao que aconteceu. Mas eu escrevi meu primeiro capítulo há meses!
Já notei que autores às vezes têm uma espécie de premonição. Comigo já aconteceu antes. Sempre tenho uma sensação estranha. Não ocorre somente comigo. O caso mais surpreendente é o do escritor Morgan Robertson. Publicou um livro chamado “Titan” sobre o naufrágio de um transatlântico de luxo ao colidir com um iceberg, catorze antes do Titanic afundar, em 1912! E mais: com vários detalhes semelhantes aos que ocorreram na realidade.
Não estou dizendo que autores fazem profecias. E que eu poderia ganhar a vida com uma bola de cristal. Mas quando sento para escrever, entro em outro estado, talvez próximo da meditação. Talvez consiga captar alguma coisa, não sei. Ou também, como muitos preferem acreditar, pode ser coincidência.
Eu lamento muito o que aconteceu no Japão. Sinto que tive, sim, uma espécie de sexto sentido. Os processos criativos são indecifráveis. Os da alma também.