O musical "Hairspray" estreou no dia 11 de julho de 2009 com a previsão de ficar apenas três meses em cartaz no Rio. À época, o diretor Miguel Falabella explicou: "O empobrecimento do Rio é um fato. Além disso, com TV e internet, perdeu-se o hábito do ao vivo." Quase sete meses depois, "Hairspray" continua em cartaz. Despede-se amanhã do Teatro Casa Grande e vai para o Teatro Bradesco, em São Paulo, onde estreia dia 26. Foram mais de cem mil espectadores em 130 apresentações.
Qual o balanço que você faz de "Hairspray"?
MIGUEL FALABELLA: Foi uma temporada vitoriosa. Sempre achei que a peça era uma brincadeira, mas é de uma alegria contagiante, que chega ao coração do público. O público fica envaidecido ao ver uma montagem profissional. Sente-se lisonjeado com o fato de que somos capazes de realizar, sim. Não temos apoio, não temos condições, mas temos talento.
Logo que o espetáculo começou a temporada, as críticas falaram da inadequação de parte do elenco e da adaptação de algumas letras de música, feitas por você...
FALABELLA: Mas eu atribuo o sucesso ao elenco. E as canções originais são ainda mais pueris do que minhas versões.
O musical ficou sete meses em cartaz. Isso significa que há espaço para longas temporadas teatrais?
FALABELLA: Sim, mas nunca como antes. Fiquei um ano em cartaz com "Louro, alto, solteiro procura". Hoje não dá. Dia 22 de fevereiro, começam no Casa Grande os ensaios abertos de "Gaiola das loucas", em que contraceno pela primeira vez com Diogo (Vilela). Pois "Gaiola das loucas" está previsto para ficar em cartaz só seis meses.
"Hairspray" ia estrear em São Paulo. Por que acabou começando pelo Rio?
FALABELLA: Tivemos um problema de data. Mas sou meio bairrista. O besteirol nasceu aqui, o público carioca me fez. Apanhei muito, mas o público sempre me botou no colo. Aí dá para segurar o rojão.
Como será "Gaiola das loucas", espetáculo em que um casal gay fica em apuros quando o filho de um deles leva a noiva para conhecer o futuro sogro e seu companheiro?
FALABELLA: São 26 pessoas no palco, é um musical imenso. Abre com 12 travestis sapateando. Esse primeiro número são 12 bailarinos vestidos de mulher. É uma celebração de duas carreiras, minha e do Diogo. Pela primeira vez estaremos juntos em cena. O Cláudio Tovar assistiu ao ensaio e teve um acesso de choro na hora em que eu cruzo o palco e abraço o Diogo.
Em que pé está o seriado "A vida alheia", com Claudia Jimenez, Betty Lago, Vladimir Brichta e Danielle Winits?
FALABELLA: Fiz esta semana a primeira leitura dos três episódios iniciais. Começamos a gravar na semana que vem. Deve ser para ir ao ar em abril. Vou fazer como cinema. Tem que se trabalhar com linguagem cinematográfica, para a TV ter um diferencial. Hoje a gente briga com o cabo. O seriado é sobre os bastidores de uma revista de celebridades sem escrúpulos. Eles invadem necrotério para fotografar ator morto. Eles não têm pudores, dizem: "Nós somos aquele tipo de imprensa que os próprios colegas, se pudessem, não cumprimentariam."
Qual o balanço que você faz de "Hairspray"?
MIGUEL FALABELLA: Foi uma temporada vitoriosa. Sempre achei que a peça era uma brincadeira, mas é de uma alegria contagiante, que chega ao coração do público. O público fica envaidecido ao ver uma montagem profissional. Sente-se lisonjeado com o fato de que somos capazes de realizar, sim. Não temos apoio, não temos condições, mas temos talento.
Logo que o espetáculo começou a temporada, as críticas falaram da inadequação de parte do elenco e da adaptação de algumas letras de música, feitas por você...
FALABELLA: Mas eu atribuo o sucesso ao elenco. E as canções originais são ainda mais pueris do que minhas versões.
O musical ficou sete meses em cartaz. Isso significa que há espaço para longas temporadas teatrais?
FALABELLA: Sim, mas nunca como antes. Fiquei um ano em cartaz com "Louro, alto, solteiro procura". Hoje não dá. Dia 22 de fevereiro, começam no Casa Grande os ensaios abertos de "Gaiola das loucas", em que contraceno pela primeira vez com Diogo (Vilela). Pois "Gaiola das loucas" está previsto para ficar em cartaz só seis meses.
"Hairspray" ia estrear em São Paulo. Por que acabou começando pelo Rio?
FALABELLA: Tivemos um problema de data. Mas sou meio bairrista. O besteirol nasceu aqui, o público carioca me fez. Apanhei muito, mas o público sempre me botou no colo. Aí dá para segurar o rojão.
Como será "Gaiola das loucas", espetáculo em que um casal gay fica em apuros quando o filho de um deles leva a noiva para conhecer o futuro sogro e seu companheiro?
FALABELLA: São 26 pessoas no palco, é um musical imenso. Abre com 12 travestis sapateando. Esse primeiro número são 12 bailarinos vestidos de mulher. É uma celebração de duas carreiras, minha e do Diogo. Pela primeira vez estaremos juntos em cena. O Cláudio Tovar assistiu ao ensaio e teve um acesso de choro na hora em que eu cruzo o palco e abraço o Diogo.
Em que pé está o seriado "A vida alheia", com Claudia Jimenez, Betty Lago, Vladimir Brichta e Danielle Winits?
FALABELLA: Fiz esta semana a primeira leitura dos três episódios iniciais. Começamos a gravar na semana que vem. Deve ser para ir ao ar em abril. Vou fazer como cinema. Tem que se trabalhar com linguagem cinematográfica, para a TV ter um diferencial. Hoje a gente briga com o cabo. O seriado é sobre os bastidores de uma revista de celebridades sem escrúpulos. Eles invadem necrotério para fotografar ator morto. Eles não têm pudores, dizem: "Nós somos aquele tipo de imprensa que os próprios colegas, se pudessem, não cumprimentariam."
Fonte: O Globo Online