5. Curiosidades

por **Admin** Ter Jan 11, 2011 4:51 pm

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Mensagem nº1

5. Curiosidades

por Admin Ter Jan 11, 2011 4:51 pm

	O programa foi idealizado no começo da década de 1990 por Luis Gustavo e Daniel Filho. A atração deveria incorporar todos os imprevistos e improvisos que podem ocorrer na encenação de uma peça, assim como aconteciam em programas de quando a TV era feita ao vivo. A estrutura seria a de um sitcom, estrelado pelos integrantes de uma família de classe média paulista, sua empregada doméstica e o porteiro do prédio, em formato parecido com o de Família Trapo. Com o nome inicial de Amigos, Amigos, o roteiro foi oferecido ao SBT, que rejeitou o programa. Foi posteriormente aceito pela Rede Globo, que lhe deu a difícil tarefa de ganhar do Topa Tudo por Dinheiro, programa comandado por Sílvio Santos, no SBT exibido no mesmo horário que viria a ser ocupado pelo Sai de Baixo - nos domingos às 22:00 da noite, após o Fantástico.
	A equipe de redação contava com Miguel Falabella, Maria Carmem Barbosa, Noemi Marinho, Flávio de Souza e José Antônio de Souza. O programa era dirigido por Daniel Filho, e as gravações eram realizadas em São Paulo, no Teatro Procópio Ferreira, para uma platéia de 700 pessoas. O cenário era simples: a sala de um apartamento em um edifício localizado no Largo do Arouche, na cidade de São Paulo. O maestro Caçulinha tocava vinhetas instrumentais ao vivo durante os episódios.
	Na sua estréia, o programa conseguiu chegar a 26 pontos de audiência, empatando com o SBT. A audiência só fez crescer com o decorrer da temporada, que retomou o primeiro lugar para a Rede Globo. Em poucas semanas, os 26 pontos se transformaram em picos de 49, 52 pontos. Era um recorde. E Sílvio Santos, que abocanhava até 30 pontos, despencou para 15 e às vezes até menos do que isso. Sai de Baixo foi a primeira experiência de Miguel Falabella como comediante na televisão. Com uma carreira bem-sucedida como ator e autor de comédias no teatro, ele havia sido convidado, inicialmente, para participar da equipe de redatores que criaria o perfil dos personagens de Sai de Baixo.
	Em janeiro de 1997, o "Sai de Baixo" entrou em férias e obteve sua primeira baixa: Cláudia Jimenez teve uma grande briga com Cláudio Paiva (redator-chefe do programa), devido aos textos que possuíam frequentemente piadas sobre seu peso, e saiu de vez do programa. Também ocorreram outras modificações: Daniel Filho foi integrado ao núcleo e Dennis Carvalho e José Wilker assumiram a direção.
	O programa reestreiou em março de 1997 para o seu segundo ano de exibição e trazia no lugar de Cláudia, Ilana Kaplan que teve uma estréia fracassada no programa. Ela já havia gravado 4 programas. O primeiro foi ao ar no domingo e na quarta a comunicaram de sua saída e a gravação foi suspensa. Tiveram que arrumar outra atriz, no caso, Márcia Cabrita.
	Neide Aparecida, papel de Márcia, também foi muito criticado no início. Márcia ficou no programa até outubro de 2000 e neste tempo, foi ganhando carinho do público. A volta ao auge aconteceria na estréia da terceira temporada, com o episódio Toma que o Filme é Teu, transmitido ao vivo. Neste dia, a Rede Globo cravou uma média de 40 pontos na medição do Ibope, com picos de 45.
	Marisa Orth ficou grávida durante a terceira temporada do programa e para justificar essa mudança no perfil da personagem criou-se uma gravidez do marido Caco, assim em 1999, quando o filho da atriz nasceu na vida real, mais um personagem entrou em cena no Largo do Arouche: Caquinho, que primeiro apareceu como um boneco num carrinho motorizado, que falava se movia sozinho no palco e em alguns momentos o boneco podia sentar no carrinho, depois o personagem foi interpretado pelo ator Lucas Hornos. A chegada do menino provocou mudanças no perfil de alguns personagens. Sua mãe, que sempre foi uma ignorante, ficou mais filosófica. Já Caco Antibes se revelou um pai egoísta e relapso.
	Em 1999 o ator Tom Cavalcante, um dos destaques do programa, deixou a atração. Após desentendimentos com o restante do elenco e seu diretor Denis Carvalho, em maio desse ano Tom Cavalcante pediu a Marluce Dias da Silva, então diretora-geral da Globo, uma licença de um mês do Sai de Baixo para se dedicar à produção do piloto de um programa que seria estrelado por ele. Marluce aceitou, mas antes da data prevista, ao final de uma gravação da quarta temporada de Sai de Baixo, Tom surpreendeu a platéia e os colegas fazendo um discurso de despedida. Como consequência ele foi suspenso do elenco, e mais tarde afastado definitivamente do humorístico.
	A saída de Tom a princípio não afetou a audiência do Sai de Baixo, mas a partir do início da quinta temporada do programa, em 2000, foi noticiado que, devido a sucessivas derrotas no Ibope para o SBT, esta temporada seria a última do programa. O programa havia trocado de ambiente e possuía novos personagens. Saía a sala do apartamento do Arouche, entrava o bar "Arouche´s place", que ficava no hall do prédio. Também entraram para o elenco Ary Fontoura e Luís Carlos Tourinho. Oito programas gravados, sete exibidos e o bar deixava de vez a ser cenário e o programa voltou para o apartamento.
	Em julho de 2000 surgiu "No limite", que bateu o recorde do "Sai de Baixo". Sendo exibido das 22h45 até 23h20, por aí, registrava médias acima de 50 pontos com picos de até 58. E isso ajudou muito ao humorístico, que era exibido logo depois. Novo recorde do "Sai de Baixo": conseguiu média de 34 pontos em um programa exibido das 23h25 às 00h30 na virada de domingo para segunda.
	Márcia Cabrita deixou o programa em outubro e veio Cláudia Rodrigues para substituí-la até que ela voltasse da licença maternidade a qual tinha direito, mas ela não saiu mais. Emplacou a sexta temporada com o programa. Cláudia se integrou com o elenco, que sofrera grandes trocas neste ano: Ary Fontora foi afastado na troca de temporadas, mas Luiz Carlos Tourinho ficou e seu personagem trocou de profissão. Lucas Hornos também foi afastado da série, pois o Juizado achava o conteúdo do "Sai de Baixo" muito pesado para ele e resolveu impedi-lo de gravar.
	Na sexta temporada, Sai de Baixo voltou a sofrer com a queda de audiência e as mudanças frequentes de horário. Em abril, passava às 22h40. Em setembro, já estava passando às 23h20. Com isso, o programa foi retirado do ar para dar lugar à nova temporada de No Limite. Foram dois meses fora do ar e o programa acabou voltando no final de dezembro para uma temporada relâmpago até março.
	A sétima temporada estreou no dia de Natal, às 0h30, competindo com o fenômeno Casa dos Artistas, com média de apenas 12 pontos, que aumentou à medida que a temporada passava. O programa terminou com 244 episódios, mas alguns não foram ao ar e ficaram engavetados, como os do Arouche's Place; devido ao fracasso do formato, os personagens voltaram para o apartamento e episódios já gravados não foram apresentados. O fim do programa gerou um protesto organizado por alguns fãs, que fizeram abaixo-assinados e até um site na Internet, mas o último episódio acabou sendo exibido em 31 de março de 2002, depois da semifinal do Big Brother Brasil 1, exatamente seis anos depois de seu início, com média de 19 pontos, contra apenas 5 do SBT.
	Os episódio engavetados foram "O Céu Pode Espernear" (que teve duas versões, sendo que a engavetada, com Diogo Vilela no papel que, futuramente seria de Lima Duarte. Boni não gostou dessa versão, considerando-a "uma falha dos atores"), "Quem Vai Ficar com Magda" (que teve duas versões, sendo que a engavetada, também com Diogo Vilela, foi encenada no Arouche's Place), "Esqueci-me de Mim" (no qual Luiz Gustavo não participa, não foi exibido, mas sua chamada foi ao ar ao longo da semana).