Alessandra Maestrini está prestes a fazer sua estreia em novelas e, para um acontecimento dessa importância, ela quer estar totalmente preparada. Por conta disso, a atriz mudou toda a sua rotina com o objetivo de "lubrificar a engrenagem", como diz, antes de 11 de janeiro, dia em que vai ao ar o primeiro capítulo de "Tempos Modernos", próxima novela das 19h da Rede Globo. "Estou superansiosa e organizando a vida para poder estar completamente focada, livre e feliz nesta imersão. Para isso, faço análise, malho, contratei um assistente e um motorista, porque quero deixar a casa organizada", revela.
Bem diferente da divertida doméstica Bozena de "Toma Lá Dá Cá", sua nova personagem tem uma forte carga dramática. Ela será a cantora de ópera Ditta Kuznetskov, que abandona marido e filhos para fazer carreira na Áustria, mas volta para recuperar o amor daqueles que deixou para trás. História que só acontece na ficção? Não para Alessandra, que terá muito de sua vida real para emprestar ao papel: "Estou resgatando a experiência que tive na minha família. Meu pai precisou ganhar o mundo e nós ficamos aqui. Ele não abandonou ninguém, nem a mim. Mas tenho a memória emocional dos questionamentos que trazem estes sentimentos".
Além da bagagem com suas recordações, Alessandra cede à personagem toda a sua experiência em musicais, que teve início, em 1997, com "As Malvadas", de Charles Möeller e Cláudio Botelho, conquistando o Prêmio Sharp de Melhor Musical daquele ano. A mesma dupla consagrada no gênero assinou um espetáculo especialmente para ela, "7 - O Musical", de 2007. "Retomei as aulas de canto lírico e pretendo manter uma disciplina de balé também, se a rotina das gravações me permitirem", complementa ela.
Leia a seguir a entrevista na íntegra.
TE CONTEI: Quais são as suas expectativas para estrear em uma novela? Você está ansiosa?
ALESSANDRA MAESTRINI: Minhas expectativas maiores são com relação à engrenagem da coisa, que é completamente diferente da dinâmica de gravações de um seriado semanal. Estou superansiosa e organizando a vida para poder estar completamente focada, livre e feliz nesta imersão. Para isso, faço análise, malho, contratei um assistente e um motorista, porque quero deixar a casa organizada. Enfim, estou lubrificando as engrenagens para correr solta sem sair dos trilhos (risos).
TC: Como será a sua personagem na novela "Tempos Modernos", de Bosco Brasil?
AM: Minha personagem será Ditta Kuznetskov, uma cantora de ópera, de fama internacional, que abandonou o marido e os filhos para fazer carreira na Áustria. No auge do sucesso, ela se dá conta de que isto não basta para ser feliz. Então, regressa ao Brasil em busca do amor daqueles que abandonou.
TC: Como você tem se preparado para dar vida à personagem?
AM: Retomei as aulas de canto lírico e pretendo manter uma disciplina de balé também, se a rotina das gravações me permitirem. Vou resgatar a maior parte da personagem do universo dos musicais, que é muito semelhante. O fator emocional, que será a compreensão de que a Ditta deverá ter ao se reencontrar com a família, eu estou resgatando da experiência que tive na minha família. Meu pai, que é engenheiro, precisou ganhar o mundo e nós ficamos aqui. Ele é nômade por natureza, muito embora tenha um amor profundo e verdadeiro pela família. Ele não abandonou ninguém, nem a mim. Mas tenho a memória emocional dos questionamentos que trazem estes sentimentos.
TC: De onde surgiu seu interesse pela música?
AM: Provavelmente do útero da minha mãe, que adora ouvir música de todos os gêneros, especialmente clássica e jazz. Foi ela, também, que me incentivou a estudar canto, quando comecei, espontaneamente, a cantar os sucessos de Barbra Streisand em casa. Assisti a um filme com Barbra quando eu tinha 15 anos, fiquei encantada e a escolhi como ídolo de minha adolescência. Parece estranho? O ídolo de minha infância era Nina Hagen (risos).
TC: Que experiência você leva de "Toma Lá Dá Cá" para a novela?
AM: Nossa, tanta coisa! O difícil seria enumerar. Mas acho que é o resultado do trabalho de um time de craques do bem, que vai com garra e profissionalismo para as olimpíadas.
TC: Como você começou na carreira de atriz?
AM: Estreei no musical "As Malvadas", de Charles Möeller e Cláudio Botelho, em 1997. Ganhamos o Prêmio Sharp de Melhor Musical do Ano. De lá para cá não parei mais de fazer teatro e, especialmente, grandes musicais. Entre eles "Les Misérables", como Fantine, "Ópera do Malandro", como Lúcia, e "7 - O Musical", que foi escrito especialmente para mim pela mesma dupla que assinou a minha estreia nos palcos (Charles Möeller e Claudio Botelho).
TC: O que tira o seu bom humor?
AM: Fome, barulho, falta de amor, falta de respeito e falta de raciocínio.
TC: E o que deixa você de bom humor?
AM: Silêncio, música, amor, respeito, perspicácia, sedução de bom gosto e um estômago saborosamente forrado.
TC: Qual foi a situação mais engraçada que já aconteceu na sua vida?
AM: Impossível eleger. Se for me basear pelos meus "roteiristas", digo que Deus escreve certíssimo por linhas hilárias e, quase sempre, com legenda, literalmente. Prefiro não comentar (risos).
TC: Você é vaidosa?
AM: Meu limite para a vaidade sempre foi o meu conforto. Agora, com maior exposição na mídia, procuro aliar conforto e estética. Tudo na minha vida precisa ter uma dose de humor, seja durante a ginástica ou em meus hábitos alimentares. Para mim, partir deste princípio é viver no lucro.
Fonte: Te Contei?!
Equipe Maestrosos