Coube a Adriana Esteves dar vida a uma das mais importantes cantoras do país: Dalva de Oliveira. A atriz interpretou Dalva dos 19 aos 55 anos e, para isso, teve que usar diferentes perucas, apliques, maquiagens de rejuvenecimento e envelhecimento e experimentou inúmeros figurinos. Além disso, fez uma profunda pesquisa sobre a época e ainda teve que aprender a dublar a voz da cantora de maneira que parecesse que ela mesma é que estava cantando. Parece difícil? Pois Adriana provou que isso tudo era possível e já recebeu elogios até do filho de Dalva, Bily Martins. Abaixo, você confere uma entrevista exclusiva com a protagonista da minissérie.
• Como foi receber o convite para viver Dalva de Oliveira?
“Foi sensacional. Estava fazendo um programa de humor de sucesso na TV (Toma Lá Dá Cá), então, não imaginava que seria convidada tão rapidamente para fazer um outro papel na TV. Fiquei lisonjeada em ser chamada para fazer uma minissérie de tanta qualidade. Gosto muito do texto da Maria Adelaide Amaral. Ela escrevia muitos textos da minha personagem em Meu Bem, Meu Mal, a primeira novela que fiz na televisão.”
• Como se preparou para viver a Dalva?
“Estudei muito e continuo estudando. Tenho muito material de pesquisa e converso muito com os filhos da Dalva e com o Nacib, que era amigo dela e é presidente do fã-clube da Dalva.
Tive uma preparação com a Mirna Rubim, professora de canto, que me preparou para cantar as músicas. Também tive uma preparação para cantar com o sink (cantar em sincronia com a voz original) para as dublagens. Contei ainda com a ajuda do Alfredo Del Penho, que é o professor de violão e canto do Fábio Assunção.”
• Como foi esse processo de transformação física para ficar parecida com a cantora?
“O trabalho de caracterização é da Ana Van Steen e o figurino é da Marília Carneiro. Pra gente chegar nesse resultado e mostrar o visual da Dalva dos 19 aos 55 anos, tivemos um trabalho de equipe muito intenso. Fico muito satisfeita pela maneira artesanal com que fizemos a minissérie. Foram incansáveis dias e horas de trabalho para achar o tom de cada coisa: figurino, maquiagem, cabelo, rejuvenecimento, envelhecimento…”
• O que você achou de trabalhar com o Dennis Carvalho outra vez?
“O Dennis é muito bacana. Ele está apaixonado por esse trabalho, que usa câmeras novas em alta definição e que tem uma luz linda feita pelo Roberto Amadeu. Fiz ‘O Cravo e a Rosa’ com o Dennis, então, somos amigos. Foi muito bacana trabalhar com ele nessa minissérie. Ele é um grande profissional, divertido. No momento, a minissérie é a menina dos olhos dele. E foi muito bom fazer parte desse trabalho.”
• O que você acha de a TV Globo produzir uma minissérie que mostra a história de uma diva da música e de um grande compositor?
“Acho importantíssimo. O público tem saudade deles. Quantas pessoas me encontram na rua e já me contam histórias sobre a Dalva, mostrando que têm respeito e admiração por ela. Quando se toca no nome dela as pessoas sorriem, lembram deles (Dalva e Herivelto) com carinho.”
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