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    Ney Latorraca: 'Tenho uma insegurança que é um combustível'

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    Mensagem por Admin

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    O Dr. Solano, do seriado S.O.S. Emergência, é a mais nova criação de Ney Latorraca. Dono de personagens inesquecíveis como o Vlad, de Vamp, ou o Barbosa, da novela Fogo no Rabo, da TV Pirata, o ator jura que, apesar de seus 36 anos de Globo, não é intocável. "Não sou busto", avisa ele, moderno, que adora ouvir a dupla francesa Air enquanto faz a barba.

    Outro dia você apareceu seminu no S.O.S Emergência. Há quanto tempo não fazia isso?
    Há muito tempo, viu? (risos). O Mauro (Mendonça Filho, diretor do seriado) me ligou e disse: "Você topa mostrar a bunda?". Respondi que sim! Eu fico pelado, faço mulher, jacaré. Não tenho o menor problema.

    Nunca passou por nenhum constrangimento?
    Eu? Não! Em 1978, eu e o Cláudio Cavalcanti fizemos um casal sem o menor problema, os dois nus (no filme Uma Estranha História de Amor). Mas tem que ter um contexto. Eu sou um ator que fez uma escola. Nós, artistas, viemos para transgredir!

    Como surgiu o convite para fazer parte da série?
    Conheço o Maurinho desde pequeno. Eu frequentava muito a casa da Rosinha (Rosamaria Murtinho, mãe do diretor). Ele é uma das pessoas com quem mais trabalhei. Nos falamos em dezembro e ele me pediu para deixar a barba crescer. Eu topei. Ainda mais com esse elenco.

    O clima das gravações é leve, divertido?
    Ótimo. Outro dia tinha um câmera que não conseguia parar de rir. O Mauro é aglutinador. Tem um pulso bacana, cuida do todo. Sempre tive essa sorte de fazer programas especiais, minisséries...

    ...Talvez porque você tenha prestígio. Já chegou a um ponto em que está pronto para qualquer trabalho?
    O dia que eu achar que estou pronto, vou parar! Tenho uma insegurança que é um combustível. Através do meu trabalho, eu boto a minha comida na geladeira...

    Você parece ser uma pessoa simples de conviver. Como é o seu dia a dia?
    Sou ator brasileiro, pop! Gosto de andar na Lagoa, falar com as pessoas. Não custa tirar uma foto. Não quer fazer? Então não sai de casa! Tem gente que fica doente com essa coisa. Não sou busto, daqueles que você compra no Saara e bota onde quiser.

    Seus personagens mais marcantes na TV têm a ver com o humor. A comédia é mais simples de fazer?
    O drama é mais fácil. Basta uma música triste de fundo, falar sobre a vovó que morreu e pronto. Mas, para rir, precisa passar pela tragédia. O humor é nobre. Sabe quando alguém leva um tombo? Isso é trágico e engraçado (risos). Talvez eu seja um palhaço mesmo. Não pode tirar a minha criança.

    Você se inspirou no seu médico para compor o Dr. Solano?
    Não. Mas tenho muito respeito por médicos. Eu sempre chego no meu, Marcelo, dizendo que estou morrendo (risos). Ele é ótimo! Uma vez, estava voltando de viagem e comi um quibe cru que não desceu bem. Fiquei todo borrado. Quando cheguei, ele estava no aeroporto.

    No episódio da semana passada, o Dr. Solano fez aniversário e ganhou um tratamento estético. Você é a favor?
    Nada contra. Fiz um implante de cabelo, em 78. Ficou ótimo na época, eu tenho entradas desde bebê. Passo um creminho antes de dormir. Faço acupuntura, parei de fumar há sete anos. Sou contra maquiagem para homens na TV. Quando fiz o Mederix de Estúpido Cupido, tinha 32 anos e o personagem, 18. Aí, botaram uma peruca em mim. Vi a chamada da novela e disse que não ia mais fazer, que estava ridículo. Cheguei em casa e comecei a morder um pedaço do tapete (risos). Aí, arrumei a lambreta, uma jaqueta, os óculos e virou aquele sucesso.

    Você está com 65 anos. Como se sente com a idade?
    Não sou mais o gato que fez Hair (a clássica montagem, de 1970). Todo dia tem uma novidade. Uma dorzinha aqui, outra ali. A gente vai sapateando, gosto de ouvir boa música...

    E o que você tem ouvido?
    Gosto da Mart'nália, Maria Gadú... Tem uma banda que eu adoro. Descobri no filme Maria Antonieta, da Sophia Coppola. É o Air. Adoro ouvir enquanto faço a barba. Fui para Paris assisti-los. É preciso reciclar!

    Você está namorando?
    Estou muito feliz! Respondi? Meu grande amante é o público.




    Fonte: Terra
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