Aracauê conta todo o motivo de seu desequilíbrio para Jacuí depois de uma briga deles. Ele havia sido atingido no combate contra os policiais e nunca mais viu a filha Jassanã até Maria mostrar pra ele e dizer que ia fugir e deixar a menina com uma pessoa melhor. O contínuo também confessa que planeja pegar Jassanã, o dinheiro de Peri e matar María mas Jacuí diz que isso não é uma boa idéia.
Enquanto isso, Peri tenta melhorar a situação depois do desentendimento entre sua namorada Ceci e a filha combinando um passeio com as duas, mas dá tudo errado a partir do momento em que brigam e Jassanã tropeça nas escadas da praça e começa a chorar.
- O que significa isso? - perguntou Peri sério olhando para Ceci.
Ceci, nervosa, não conseguia explicar.
- É q-que ela... ela... - gaguejou.
- ELA BATEU EM MIM, PAI! - gritou Jassanã, chorando.
- É mentira! - retrucou Ceci, para a garota - Eu nunca... machucaria você.
- Vejo que trazer vocês pra cá foi a pior idéia que já tive. Vamos embora, Jassanã. E Ceci... - disse sem olhar pra ela - peço que vá pra casa. Amanhã nós conversamos.
- Não! - ela respondeu. - Você está acreditando nela, Peri? Eu nunca faria isso. Ela caiu, tropeçou, ela me xingou e você vai acreditar nela?
- Ela é minha filha acima de tudo e eu conheço ela desde que nasceu. Eu não acho que ela mentiria sobre isso pra mim.
- Ela não mentiria pra você se ela não tivesse raiva de mim, mas ela tem! E eu ainda não sei o porque.
- Pai, vamos embora. Eu não quero mais ficar aqui. - pediu a menina, ainda com cara de tristeza.
- Tá, vamos.
Quando Peri estava prestes a sair da praça com a filha, deixando Ceci sozinha, uma voz o chamou:
- Moço! Moço!
- Oi, o que foi? - virou-se para ver quem era. Era um vendedor de algodão-doce com o estojo na mão.
- Tome o estojo. A sua filha deixou cair quando tropeçou aqui. Essas escadinhas da praça precisam de cuidado para subir, não é?
- É mesmo? - perguntou olhando sério para Jassanã que passava a olhá-lo assustada - Realmente as 'escadas' são um perigo.
No escritório, estava tudo mais calmo do que antes. Jacuí estava começando a compreender o problema de Aracauê e ele, por sua vez, viu que estava errado em fazer tudo aquilo contra ela.
- Acho que doutor Peri não virá hoje. Já é quase noite. - disse ela, quebrando o silêncio do escritório.
- É verdade.
- Acho que já vou arrumar minha bolsa para terminar o expediente.
- Jacuí, eu queria te dizer...
- O que?
- Você perguntou mas eu não respondi bem. Eu não tenho raiva de você.
- Tudo bem, você já me pediu desculpas.
- Eu só fiz aquilo com você essa semana porque... você trabalhando aqui perto de mim descobriria tudo o que estava fazendo aos poucos e contaria para o Peri, já que gosta tanto dele. É por isso que eu tentei lhe despedir da empresa, nunca ninguém tinha trabalhado aqui nessa sala. Agora é que quiseram contratar secretárias pra cá. Mas eu não me preocupo mais com isso. Você já sabe de tudo da minha vida e eu sei que não vai contar nada pra ninguém. Eu já sei que posso contar com você... Certo?
CONTINUA NO CAPITULO 26 - PROVIDÊNCIAS
Nos capitulos anteriores...
Peri tenta melhorar a situação depois do desentendimento entre sua namorada Ceci e a filha combinando um passeio com as duas, mas dá tudo errado a partir do momento em que brigam. Nessa briga entre as duas, Jassanã acaba revelando à Ceci que os serviçais do pai é que disseram tudo o que ela acha sobre Ceci. Ela também diz pro pai depois que foi agredida por Ceci, mas Peri acaba descobrindo toda a verdade.
Enquanto isso, Aracauê conta todo o motivo de seu desequilíbrio para Jacuí depois de uma briga deles e pergunta à Jacuí se ela guardaria esse segredo principalmente para Peri.
- Claro... claro que sim. Eu não contaria nada para o Peri. - respondeu Jacuí, ainda em dúvida se seria capaz de guardar esse segredo pra sempre.
- Que bom! - sorriu - Vou arrumar minhas coisas então para largarmos o expediente.
Chegando na casa de Peri, estavam Ceci (que foi chamada pra lá de volta depois de Peri concluir a situação), ele e a filha Jassanã. Peri estava muito irritado com o que Jassanã fez. Ela, por sua vez, assim que chegou em casa correu para subir as escadas até chegar ao quarto.
- Jassanã! Volte aqui! Volte aqui! - chamou ele, mas a garota não atendeu, fazendo-o subir as escadas para chegar até ela.
- Peri, calma! - falou Ceci olhando ele subir as escadas mas tentando não se meter naquele problema.
Ela estava naquele momento de frente para Alfred e Damiana. Os dois que acabaram, indiretamente, fazendo a cabeça de Jassanã contra ela. Eles haviam saído da cozinha para saber o que estava acontecendo.
- O que houve, madame?
- É um... conflito. Entre pai e filha. - tentou controlar a raiva que ela passava a sentir daqueles dois serviçais.
- Nunca ocorreu nada assim aqui. Sempre foi uma casa calma. Nenhuma pessoa veio pra cá para pertubar a vida do Dr. Peri e da filha dele desse jeito.
- Perturbar?! Está dizendo que eu sou essa pessoa?
- Não, não, não é isso, senhora. Desculpe o Alfred. - disse Damiana.
- Não desculpo. Nem ele e nem você. Caso não entederam ainda, eu sei o que estão falando sobre mim. Por que acham que a Jassanã tem raiva de mim? Uma criança de oito anos não tem a capacidade de entender essas coisas.
- Mas nós nunca ofenderíamos a senh...
- Vocês disseram que eu sou uma vigarista, que só quero o dinheiro do Peri e que posso ser até uma prostituta! Isso não é ofender?
- Eu... eu... que gritos são esses? - perguntou em um ato desesperado de não falar mais nada sobre aquilo.
O Peri tinha começado à gritar com a filha lá em cima.
- Jassanã! Olhe aqui! Olhe pra mim! Por que você está fazendo isso?! Por que está agindo assim?! Ficar mentindo sobre a Ceci. Nem parece mais uma criança!
- Ela é má, pai! Ela não é uma pessoa boa! Ela quer roubar o senhor!
- Quem botou isso na sua cabeça? De onde você está tirando isso? - a garota ficou calada - O que faz você dizer pra mim que ela te bateu?
- Ela quer o seu dinheiro. Até o Alfred e Damiana sabem disso. - Peri olhou pra ela estranhando por nunca pensar que os seus serviçais falassem coisas assim pelas suas costas.
- Então foi deles que você tirou essa idéia?
A garota afirmou com a cabeça, olhando para baixo e mais quieta.
- O que mais eles diziam sobre mim?
- Riam dizendo que o senhor nunca conseguiria uma mulher. Que era um traumatizado e que qualquer dia levaria a empresa à falência.
Peri ficou um instante olhando para o chão até tomar a reação de descer as escadas. O barulho da conversa deles no quarto já não dava mais pra escutar lá embaixo, o que fez Ceci voltar com a conversa sobre eles falarem mal dela. Peri descendo as escadas e escutando isso fez ele ter a certeza de que aquilo que a filha disse dessa vez era verdade.
- Eu sabia que uma criança não teria umas idéias dessas sozinha. - ao falar isso, assustou todos na hora, que se viraram imediatamente pra ele - Como puderam ficar falando mal de mim pelas costas depois de tudo o que eu e meu pai fizemos por vocês?
- Mas senhor, nós... - disse o serviçal nervoso.
- Fora! Não quero mais vocês aqui!
- Mas é que...
- FORA! Eu não quero mais saber de suas histórias! Quero os dois fora daqui! Deve ter um patrão melhor do que eu por aí para vocês rirem e falarem coisas. E VOCÊ JASSANÃ... - apontou para a garota que olhava para ele na parte de cima da casa - SAIBA QUE A CECI A PARTIR DE AGORA É SUA MADRASTA. EU A AMO, VOU ME CASAR COM ELA E NÃO IMPORTA O QUE OS OUTROS PENSEM OU FALEM! NEM VOCÊ, NEM NINGUÉM IRÁ MUDAR ISSO!
CONTINUA NO CAPITULO 27 - MAS O TEMPO PASSA...
Última edição por Admin em Sáb Jan 08, 2011 1:44 pm, editado 1 vez(es)