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Ricarte
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    A Chama de Tupã

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    A Chama de Tupã - Página 4 Empty Re: A Chama de Tupã

    Mensagem por Admin Qua Jul 14, 2010 10:26 pm

    Nos capitulos anteriores...
    Jassanã briga com o pai e decide sair de casa. Ela, estando grávida, pede pra ficar na casa do noivo. A mãe dele, Iracema, sabe que os dois são irmãos e se desespera ao saber que estão esperando um filho. Assim, manda Jassanã ir embora daquela casa e abandonar Abaeté. Abaeté escutou um pedaço da conversa entre as duas quando estava no quarto e pede à mãe explicações, descobrindo tudo.
    Ceci está de volta ao Rio. Dessa vez com Icaraí, filha de Peri, e Amanda que na verdade é Amanauci. Ela revela à Icaraí sobre sua relação com Peri enquanto Amanauci havia saído da pousada pra se encontrar com Peri, escondida.
    Aracauê briga com Peri por causa de Jacuí e acaba sendo demitido da empresa. Ele conta pra Jassanã que é seu pai mas ela, debilitada, acha que está louco. Abaeté vai até ela e diz que o bebê deles deve ser abortado pois eles são irmãos. Ela desmaia, atordoada com tudo que está acontecendo.





    - Por que não trouxe logo ela aqui?
    - Porque... eu queria saber como seria sua reação para não magoá-la e... saber se conseguiria resistir.
    - Resistir? Como assim?
    - Eu fiquei durante vários anos sem querer voltar para a minha cidade porque toda vez que eu vinha, lembrava de você. E... por mais traumatizante que tenha sido o momento em que eu te conheci, Peri, eu me apaixonei.


    Capítulo 63 - Acidente

    Peri concerteza não esperava aquela confissão de uma mulher que só havia visto ele uma vez, há mais de vinte anos e em uma situação traumatizante.

    - Amaunauci, eu sinto muito mas a pessoa pela qual você está apaixonada não existe mais. Eu mudei, de verdade. Não sou mais aquele homem arrogante. - "Ou ao menos estou tentando não ser mais", ele pensou.
    - Não adianta mais. Eu passei o percurso inteiro da viagem pensando em você. Você era o que me ligava até essa cidade, não apenas por ser o pai da minha filha. Tentei entender que isso era loucura e que não sentia nada por você mas agora vejo que é a mais pura verdade. Eu preciso... matar o meu desejo.

    Amanauci foi até Peri e o beijou inesperadamente.



    Depois de algum tempo conversando sobre como era Peri, Icaraí perguntou à Ceci algo que era óbvio nas feições que ela fazia ao citar o marido.

    - Você está louca para revê-lo, não é?
    - É verdade. - ela sorriu - Estou.
    - Por que não vai logo?
    - Não, vou com vocês.
    - Vá, Ceci. - insistiu.
    - Ma-mas, e você?
    - Eu fico aqui, aguardando minha mãe chegar da casa dos meus avós. Acho que você merece vê-lo antes de mim e ter uma conversa particular com ele.
    - Tem certeza?
    - Claro, Ceci. Vá, pode ir! Eu vou ficar muito bem aqui. - riu.
    - Tá certo, então. Muito obrigada. - respondeu Ceci, levantando-se sorrindente para sair da pousada e finalmente encontrar o amado.



    Jassanã aos poucos estava acordando.

    A vista embaçada começava à ser mais nítida com o tempo. Ela estava completamente atordoada com tudo o que passou e escutou naqueles últimos dias.
    Sua mente estava possuída por várias vozes. Lembranças de tudo o que presenciou naqueles últimos dias...

    "SUA VADIA!! MINHA FILHA COM UM CRETINO, FALTANDO AULA, MENTINDO PRA MIM, ENGRAVIDANDO NA CASA DELE!! EU NUNCA DEVERIA TER LHE ACEITADO! NUNCA DEVERIA TER LHE ACEITADO!"
    "Preciso que você aborte essa criança que está pra nascer e deixe logo o meu filho em paz. Você e ele não podem ficar juntos."
    "Você é minha filha! Eu queria contar de outra forma mas é a verdade. Você é minha filha!"
    "É a melhor maneira, Jassanã. O que fizemos foi muito errado. Nós somos irmãos! O seu pai... é o meu pai também."

    Estava em desespero, sem saber o que mais de ruim poderia acontecer na sua vida.
    Não conseguia entender como ela e Abaeté eram irmãos. Como aquilo aconteceu.
    Estava esperando um filho do próprio irmão e todos, inclusive Abaeté, desejavam o aborto do bebê.
    Havia saído de casa, expulsa de onde pediu abrigo e naquele momento não tinha mais pra onde ir. Não via mais sentido de viver.

    - Não aguento mais... não aguento mais... não aguento... - murmurava.

    Encontrava-se só naquela esquina, com uma garrafa de cerveja quebrada ao seu lado e em um ato quase inconsciente e desesperado, puxou a garrafa quebrada para si e enfiou a parte afiada com toda a força que tinha na parte baixa da barriga onde estaria o feto de seu filho.









    CONTINUA NO CAPITULO 64 - PEDIDO DE SOCORRO
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    Mensagem por Admin Qua Jul 14, 2010 10:26 pm

    Nos capitulos anteriores...
    Jassanã briga com o pai e decide sair de casa. Ela, estando grávida, pede pra ficar na casa do noivo. A mãe dele, Iracema, sabe que os dois são irmãos e se desespera ao saber que estão esperando um filho. Assim, manda Jassanã ir embora daquela casa e abandonar Abaeté. Abaeté escutou um pedaço da conversa entre as duas quando estava no quarto e pede à mãe explicações, descobrindo tudo.
    Ceci está de volta ao Rio. Dessa vez com Icaraí, filha de Peri, e Amanda que na verdade é Amanauci. Ela revela à Icaraí sobre sua relação com Peri enquanto Amanauci havia saído da pousada pra se encontrar com Peri, escondida. No encontro dos dois, ela confessa estar apaixonada e o beija.
    Aracauê briga com Peri por causa de Jacuí e acaba sendo demitido da empresa. Ele conta pra Jassanã que é seu pai mas ela, debilitada, acha que está louco. Abaeté vai até ela e diz que o bebê deles deve ser abortado pois eles são irmãos. Ela desmaia, atordoada com tudo que está acontecendo.





    Estava em desespero, sem saber o que mais de ruim poderia acontecer na sua vida.
    Não conseguia entender como ela e Abaeté eram irmãos. Como aquilo aconteceu.
    Estava esperando um filho do próprio irmão e todos, inclusive Abaeté, desejavam o aborto do bebê.
    Havia saído de casa, expulsa de onde pediu abrigo e naquele momento não tinha mais pra onde ir. Não via mais sentido de viver.

    - Não aguento mais... não aguento mais... não aguento... - murmurava.

    Encontrava-se só naquela esquina, com uma garrafa de cerveja quebrada ao seu lado e em um ato quase inconsciente e desesperado, puxou a garrafa quebrada para si e enfiou a parte afiada com toda a força que tinha na parte baixa da barriga onde estaria o feto de seu filho.


    Capítulo 64 - Pedido de socorro

    Abaeté finalmente estava chegando com uma pequena garrafa de água. Porém, não chegou à tempo de evitar aquele machucado que Jassanã fez em si própria.
    Ele entrou na esquina e ficou contente por vê-la de olhos abertos, mas não havia reparado um detalhe.

    - Que bom que já acordou. Aqui está a água. - a partir de então ele notou que ela tinha sangue saindo pela boca - Jassanã? - até que finalmente viu o corte profundo que ela fez na própria barriga - JASSANÃ?!

    Ela, naquele momento, passava à se debater como se estivesse tendo uma convulsão.

    - Eu vou morrer! Eu vou morrer! - ela murmurava.

    Abaeté estava em choque, não sabia o que fazer naquela situação até que teve o pensamento de que se não fizesse algo logo, sua amada (que ele passava a tentar considerar apenas como irmã) morreria.

    - SOCORRO!! - gritou.

    Jassanã continuava tremendo e gemendo no chão, com seu sangue sendo espalhado na parte da esquina que estava.
    Ele foi até ela nervoso:

    - Querida, fi-fique aqui, por favor, aguente. Eu vou pedir ajuda. Eu vou chamar alguém. Aguente aí, por favor. Nada vai acontecer. - assim, correu, desesperado, deixando-a mais uma vez sozinha naquele lugar.



    Ceci saiu da pousada. Completamente feliz por estar a poucos metros de reencontrar o marido.
    Sua alegria era tamanha que não pensou nem ao menos em pegar um táxi para chegar até as indústrias Tupiniquins. Afinal, não era de tanta importância, já que o prédio da empresa era perto.



    Após o beijo demorado e quase forçado de Amanauci, Peri soltou-se dela e a reprimiu por aquele ato:

    - Mas o que é isso, Amanauci?! Está louca?!
    - Infelizmente estou. - respondeu, com um olhar triste - Estou louca por não me contentar com o ótimo marido que tenho e pensar em você.
    - Eu já tenho alguém, Amanauci. Já disse que não sou mais o mesmo. Eu amo... a minha esposa.

    Amanauci ficou um tempo, respirando ofegantemente, imaginando se conseguiria esquecer o homem que estava à sua frente.

    - Tenho medo de que esse desejo me consuma e cause um estrago em minha vida maior do que posso imaginar.
    - Então peço que tente me esquecer. Dê o seu amor para alguém que mereça e que o queira.



    Jacuí estava inquieta por querer saber o que Peri estava conversando com 'aquela' mulher que havia entrado.
    Tentava controlar o seu ciúme e a sua vontade de escutar o que eles estavam conversando por trás da porta.



    Abaeté estava gritando pelas ruas, procurando alguma ajuda para Jassanã.
    Tinha medo de que quem ele amava tanto pudesse morrer.



    Jassanã estava com sua consciencia voltando. Embora sua vida estivesse com tantas notícias ruins, ela não deveria ter feito aquilo em si própria.
    Não parava de pensar que aquele seria seu último momento viva e que quando Abaeté voltasse já seria tarde demais.

    Sentindo fortes dores, ela tentou se levantar do chão que já estava ensanguentado.
    Foi arrastando os pés, cambaleando até sair daquela esquina e chegar na rua.



    Ceci continuava seguindo o seu caminho até as indústrias Tupiniquins até que alguém cai no chão, bem à sua frente, sangrando e pedindo:

    - P-or favor... me ajude.










    CONTINUA NO CAPITULO 65 - MUDANÇAS DA VIDA
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    Mensagem por Admin Qua Jul 14, 2010 10:28 pm

    Nos capitulos anteriores...
    Jassanã briga com o pai e decide sair de casa. Ela, estando grávida, pede pra ficar na casa do noivo. A mãe dele, Iracema, sabe que os dois são irmãos e se desespera ao saber que estão esperando um filho. Assim, manda Jassanã ir embora daquela casa e abandonar Abaeté. Abaeté escutou um pedaço da conversa entre as duas quando estava no quarto e pede à mãe explicações, descobrindo tudo.
    Ceci está de volta ao Rio. Dessa vez com Icaraí, filha de Peri, e Amanda que na verdade é Amanauci. Ela revela à Icaraí sobre sua relação com Peri enquanto Amanauci havia saído da pousada pra se encontrar com Peri, escondida e diz que o ama.
    Aracauê briga com Peri por causa de Jacuí e acaba sendo demitido da empresa. Ele conta pra Jassanã que é seu pai mas ela, debilitada, acha que está louco. Abaeté vai até ela e diz que o bebê deles deve ser abortado pois eles são irmãos. Ela desmaia, atordoada com tudo que está acontecendo.
    Ao acordar, decide que não aguenta mais aquela vida e machuca a si própria e ao seu filho. Ceci sai da pousada que estava com Jacuí para encontrar Peri.





    Jassanã estava com sua consciencia voltando. Embora sua vida estivesse com tantas notícias ruins, ela não deveria ter feito aquilo em si própria.
    Não parava de pensar que aquele seria seu último momento viva e que quando Abaeté voltasse já seria tarde demais.

    Sentindo fortes dores, ela tentou se levantar do chão que já estava ensanguentado.
    Foi arrastando os pés, cambaleando até sair daquela esquina e chegar na rua.



    Ceci continuava seguindo o seu caminho até as indústrias Tupiniquins até que alguém cai no chão, bem à sua frente, sangrando e pedindo:

    - P-or favor... me ajude.


    Capítulo 65 - Mudanças da vida

    Após o susto levado por ver uma pessoa sangrando cair bem à sua frente, Ceci acabou tendo outro susto ao reconhecer aquela pessoa.

    - Ja...Jassanã? - perguntou, pasma por ver aquela garota arrogante e bem vestida de antes daquele jeito.

    Todas as pessoas que andavam naquela calçada pararam pra saber o que estava acontecendo ali.
    Jassanã murmurou algo que não foi compreendido e desmaiou logo em seguida.
    Ceci entrou em pânico. "Eu tenho que ajudá-la", pensou.

    - Alguém me ajuda a socorrer ela, por favor. - pediu, abaixando-se para segurar e ajudar a causadora de sua briga com Peri.

    Aquela situação demonstrava o quanto a vida poderia mudar para as pessoas. Pois há apenas alguns dias, Ceci estava como uma sem teto nas ruas do Rio de Janeiro enquanto Jassanã estava na mansão do pai, tomando champagne e comemorando.

    - Alguém me ajude! - pediu mais uma vez, enquanto carregava o peso de jassanã, tentando levantá-la sozinha.

    Dois homens na multidão foram ajudar. Uma sirene de ambulância ecoava cada vez mais alto até chegar naquele local.
    Abaeté estava chegando junto com os enfermeiros do carro. Eles a colocaram na maca e levaram para o hospital.
    Após notar que Jassanã havia recebido a ajuda de Ceci, Abaeté agradeceu:

    - Muito obrigado por tentar ajudá-la. - disse apressado, querendo seguir a ambulância.
    - Eu vou com você, Abaeté.

    O rapaz virou novamente para saber como aquela mulher o conhecia até que lembrou que ela era casada com o seu sogro, ou pai.



    Peri tentava evitar com que mais problemas surgissem na sua vida, ignorando o amor que Amanauci disse sentir por ele. Enquanto isso, Jacuí permanecia curiosa para saber sobre o que estava acontecendo na conversa entre os dois.

    - Não quero ser grosseiro, mas peço que você se retire neste momento, Amanauci. Estou com muitos problemas atualmente e preciso trabalhar.
    - Não conseguirei sair daqui.
    - Sim, você conseguirá. Precisa entender que eu não te amo, não mereço o seu amor e existe outra pessoa muito melhor do que eu que te ama verdadeiramente. Por favor, saia.

    Amanauci a partir de então viu o quanto estava passando dos limites e sendo incoveniente e boba ali.

    - Eu... não deveria ter vindo. Estava louca por pensar em falar com você. Vou embora. - disse, indo até a porta.
    - Sinto muito, acho que a única pessoa que poderei amar na vida eu já perdi.

    Amanauci saiu definitivamente do escritório, deixando Peri sozinho com a porta fechada.



    Ceci foi junto com Abaeté para o hospital. Ficaram na sala de espera, conversando. Abaeté contou que isso havia sido causado por muitos problemas que ocorreram com Jassanã. Ele iria contar mais detalhes até que um médico o chamou para dizer como estava o estado da paciente.

    - E então, como ela está? - Ceci perguntou enquanto Abaeté voltava da conversa com o médico. Ela já estava ficando preocupada com o tempo que demoraria pra voltar até a pousada.
    - Está fora de perigo, ainda bem. Eles farão uma operação para fechar o corte agora. - disse, emocionado por saber que a amada não morreria.
    - Nossa, que bom. - Ceci sorriu.
    - Mas, infelizmente o bebê não irá sobreviver.
    - Bebê... - estranhou, por não saber que ela estava grávida.
    - Sabe, Ceci. - demorou para lembrar o nome - Eu gostaria de lhe pedir uma coisa.
    - Diga.
    - Queria que você avisasse ao Peri sobre o que aconteceu com a filha dele. Acho que ele não gostaria de receber a notícia por mim.

    Aquele pedido seria muito dificil para Ceci realizar pois desejava ter seu reencontro com Peri pessoalmente, mas aquele era um momento diferente do previsto. Era necessário avisar à ele o que aconteceu.
    Foi até o balcão do hospital ligar para a indústria Tupiniquim, cujo número sabia de cor. A ligação foi direcionada para o andar dele, onde quem atendeu foi sua secretária.

    - Empresa Tupiniquim, boa tarde. - cumprimentou Jacuí, sem saber quem estava do outro lado da linha.
    - B-oa - disse nervosa - Eu gostaria de falar com o doutor Peri.
    - Quem gostaria? - perguntou, começando a identificar aquela voz.
    - Diga à ele que é Ceci.

    Jacuí então soube que se passasse aquela ligação para o patrão o relacionamento deles que mal havia começado, terminaria ali.

    - Sabe... ele teve que sair agora. Aqui é a namorada dele.










    CONTINUA NO CAPITULO 66 - DESAPONTAMENTO
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    Mensagem por Admin Qua Jul 14, 2010 10:28 pm

    Nos capitulos anteriores...
    Jassanã briga com o pai e decide sair de casa. Ela, estando grávida, pede pra ficar na casa do noivo. A mãe dele, Iracema, sabe que os dois são irmãos e se desespera ao saber que estão esperando um filho. Assim, manda Jassanã ir embora daquela casa e abandonar Abaeté. Abaeté escutou um pedaço da conversa entre as duas quando estava no quarto e pede à mãe explicações, descobrindo tudo.
    Ceci está de volta ao Rio. Dessa vez com Icaraí, filha de Peri, e Amanda que na verdade é Amanauci. Ela revela à Icaraí sobre sua relação com Peri enquanto Amanauci havia saído da pousada pra se encontrar com Peri, escondida e diz que o ama.
    Aracauê briga com Peri por causa de Jacuí e acaba sendo demitido da empresa. Ele conta pra Jassanã que é seu pai mas ela, debilitada, acha que está louco. Abaeté vai até ela e diz que o bebê deles deve ser abortado pois eles são irmãos. Ela desmaia, atordoada com tudo que está acontecendo.
    Ao acordar, decide que não aguenta mais aquela vida e machuca a si própria e ao seu filho. Ceci sai da pousada que estava com Jacuí para encontrar Peri até que é surpeendida ao ver Jassanã sangrando e pedindo ajuda à sua frente. Ela a leva junto com Abaeté para o hospital. Ele pede à Ceci que ligue pra Peri para avisar sobre o que aconteceu.





    - Empresa Tupiniquim, boa tarde. - cumprimentou Jacuí, sem saber quem estava do outro lado da linha.
    - B-oa - disse nervosa - Eu gostaria de falar com o doutor Peri.
    - Quem gostaria? - perguntou, começando a identificar aquela voz.
    - Diga à ele que é Ceci.

    Jacuí então soube que se passasse aquela ligação para o patrão o relacionamento deles que mal havia começado, terminaria ali.

    - Sabe... ele teve que sair agora. Aqui é a namorada dele.


    Capítulo 66 - Desapontamento

    - Ah... ta certo.

    Ceci não sabia mais o que dizer depois de escutar que aquele por quem voltou para o Rio de Janeiro já estava com outra mulher em apenas uma semana depois da separação.
    Jacuí falava baixinho, para que Peri não a escutasse de sua sala.

    - Então, deseja que eu dê algum recado? - perguntou, inutilmente pois mesmo que Ceci dissesse algo, não iria para os ouvidos do destinatário.
    - Não... quer dizer, sim. - lembrou de algo que naquele momento era mais importante que a traição dele - Avise à ele que sua filha, Jassanã, teve um acidente e está no hospital neste momento.
    - A Jassanã?
    - É, está no Hospital das Graças e terá de fazer uma operação para fechar o corte que fez no corpo.



    - A Jassanã?! - Peri levantou-se da cadeira, assustado, ao saber daquela notícia pela secretária.
    - É isso mesmo, Peri. Ela está no hospital das Graças. Parece que foi grave.
    - Quem lhe disse isso?
    - O noivo dela. - respondeu, confiante para que a mentira não fosse percebida.
    - O Abaeté então está com ela. Preciso ir lá.
    - Não é melhor esperar um pouco? - perguntou, começando à pensar que se ele fosse naquele momento para o hospital acabaria encontrando Ceci - Você parece nervoso. É melhor se acalmar.
    - Eu estou bem. Avise ao motorista que eu estou descendo.
    - Mas...

    Não adiantava mais dizer nada. Peri andou rapidamente e saiu da sala em direção ao elevador.
    Estava preocupado com o que poderia acontecer com a filha. Pois, mesmo Jassanã tendo feito tantas coisas ruins que atingiram o pai, ele permanecia amando ela e não gostaria que nada de ruim lhe ocorresse.



    Amanauci chegou na pousada com um aspecto triste.

    - Oi mãe. - Icaraí disse, ao vê-la chegar no quarto de hotel - Como foi lá?
    - Tudo... como antes. - respondeu vagamente - Onde está Ceci?
    - Ela saiu. Foi atrás do meu pai.

    Ela se assustou, achando que as duas haviam descoberto sua mentira de ir visitar os pais.

    - Como assim? Por que? - perguntou.
    - Por que ele é o tal marido que ela nos disse que tinha brigado.



    Peri chegou nervoso no hospital, querendo saber onde a filha estava. Ceci assim que o viu, virou as costas. Ainda não sabia se queria falar com ele naquele momento, pois estava bastante desapontada. Ele, por sua vez, estava tão preocupado com a filha que não notou mais a presença de ninguém quando passou pela sala de espera.

    - Doutor Peri! - um médico chamou, atraindo a atenção de Peri que foi até ele.
    - Como ela está? - perguntou.
    - Ela vai ficar bem. Acalme-se. Está acontecendo neste momento uma pequena cirurgia para tirar os resíduos de vidro que ficaram no organismo e fechar o ferimento.
    - Ferimento? Como isso aconteceu?!
    - Segundo o noivo dela, a moça estava passando por muitos problemas ultimamente. Acabou tendo um ato quase inconsciente de querer se matar.
    - Minha nossa - pensou o quanto deveria ter se preocupado com o que a filha sentia no lugar de ter gritado e batido nela nos últimos momentos que tiveram juntos.
    - Mas não se preocupe com isso. Tudo vai ficar bem. Nada vai acontecer com ela. Infelizmente o bebê não irá sobreviver, mas graças ao seu genro e à sua esposa, Jassanã está salva.
    - Espere... - não entendeu uma parte do que o médico falou - O que você quis dizer com 'minha esposa'?
    - A sua esposa trouxe a Jassanã aqui. Estava bastante preocupada também. Ceci o nome dela, não é?











    CONTINUA NO CAPITULO 67 - A SURPRESA
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    Mensagem por Admin Qua Jul 14, 2010 10:29 pm

    Nos capitulos anteriores...
    Jassanã, diante de tantos problemas que enfrentava, acabou se machucando e matando o próprio filho. Ceci, que estava no local, e Abaeté à levam para o hospital.
    Amanauci, depois de se declarar para Peri, não obtendo a resposta desejada, descobre que a esposa dele era nada menos que a hospede da sua casa, Ceci.
    Ela, por sua vez, estava no hospital e liga para as empresas Tupiniquins para avisar Peri sobre o acidente, descobrindo com Jacuí que ela e Peri estão namorando.
    Jacuí conta à Peri sobre o que aconteceu com Jassanã, omitindo sobre Ceci estar lá. Assustado com a notícia, ele sai da empresa rapidamente para o hospital.





    - Segundo o noivo dela, a moça estava passando por muitos problemas ultimamente. Acabou tendo um ato quase inconsciente de querer se matar. - Disse o médico para Peri.
    - Minha nossa - pensou o quanto deveria ter se preocupado com o que a filha sentia no lugar de ter gritado e batido nela nos últimos momentos que tiveram juntos.
    - Mas não se preocupe com isso. Tudo vai ficar bem. Nada vai acontecer com ela. Infelizmente o bebê não irá sobreviver, mas graças ao seu genro e à sua esposa, Jassanã está salva.
    - Espere... - não entendeu uma parte do que o médico falou - O que você quis dizer com 'minha esposa'?
    - A sua esposa trouxe a Jassanã aqui. Estava bastante preocupada também. Ceci o nome dela, não é?


    Capítulo 67 - A surpresa e o encontro

    - Você tem certeza disso? A Ceci veio trazer a minha filha?
    - Sim, sim. Ela não é uma alta, branca, de cabelos castanhos?

    Um susto seguido por uma enorme felicidade invadia Peri. Saber que além de estar perto dele, Ceci ainda ajudou sua filha quando mais precisava era uma ótima surpresa.
    Ele por um momento até esquecera o estado de Jassanã e só pensava em procurar sua esposa que não via há dias e que gostaria de pedir perdão.

    - Onde ela está? Você sabe? - perguntou ao médico.
    - Estava na sala de espera. Ainda está, não? - ele afastou o rosto de Peri para procurar Ceci na sala de espera que era visível de onde eles estavam conversando.

    Ao olhar, demorou para achá-la entre todas as pessoas que estavam lá até que a notou por ser a única a se levantar da cadeira e começar à andar.
    Ceci estava tentando sair dali sem ser vista, ao escutar que os dois estavam falando sobre ela.

    - Olha ela ali! Está saindo da sala nesse momento. - avisou o médico.

    Peri virou-se, ansioso para vê-la. Porém, conseguiu ver apenas a sombra da esposa, que tentava sair de lá rapidamente pra não ter que falar com o marido no momento em que não sabia mais se ele merecia seu amor.

    - Me dê um minuto, certo? Volto já. - avisou ao médico, indo atrás da amada.

    Ceci passou a escutar os passos de Peri quase correndo no hospital atrás dela.

    - Ceci! - chamava.

    Uma médica passou pelo corredor, reprovando a atitude dele, que gritava dentro de um hospital.
    Ceci andou rapidamente até sair do hospital indo para o estacionamento composto apenas por alguns carro e nenhuma outra pessoa por perto.
    Ele finalmente a encontrou no momento onde não havia mais pra onde ela tentar se esconder.

    - Ceci! - chamou novamente, ofegante.
    - Peri... - ela respondeu, baixinho. Desistindo de fugir daquele momento pelo qual estava tão ansiosa há apenas alguns minutos atrás.
    - Eu... pensei que você não estava mais aqui.
    - E estava certo. Eu saí daqui, fui para outro estado, mas voltei pra dizer... algo que não sei mais se gostaria de lhe falar. - disse, ainda de costas para ele.
    - Mas o que aconteceu? - perguntou, sem entender.
    - Eu...
    - Por favor, olhe pra mim. - pediu, querendo ver seu rosto depois de dias que pareceram uma eternidade.

    Ceci resistiu por alguns segundos não olhar para seu marido mas não aguentou por mais tempo, virando-se para ele.
    Peri ficou maravilhado em poder vê-la novamente. Olhou para o olhos da esposa e notou que não era mais como antes. Estava triste, magoada.

    - Não fui eu quem sabotou as empresas. - explicou, tentando impedir qualquer nova acusação dele sobre a causa da briga anterior.
    - Eu sei. Acredito em você, Ceci. Com o tempo vi o quanto fui um bobo arrogante que não sabia a verdade real.
    - É uma pena, porém, que isso não mude o que aconteceu. Eu passei por momentos muito duros, Peri, mas graças à pessoas bondozas que conheci eu estou aqui... pra lhe encontrar... novamente.

    Os dois se aproximavam cada vez mais um do outro. Era nítida a vontade que sentiam de se abraçar e beijar imediatamente.
    Ceci continuou o que estava dizendo.

    - Mas as palavras que eu planejava poder lhe dizer foram abaladas pela ligação que fiz para sua secretária, descobrindo que você já me esqueceu.












    CONTINUA NO CAPITULO 68 - ROMANCE ABALADO
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    Mensagem por Admin Qua Jul 14, 2010 10:30 pm

    Nos capitulos anteriores...
    Jassanã, diante de tantos problemas que enfrentava, acabou se machucando e matando o próprio filho. Ceci, que estava no local, e Abaeté à levam para o hospital.
    Amanauci, depois de se declarar para Peri, não obtendo a resposta desejada, descobre que a esposa dele era nada menos que a hospede da sua casa, Ceci.
    Ela, por sua vez, estava no hospital e liga para as empresas Tupiniquins para avisar Peri sobre o acidente, descobrindo com Jacuí que ela e Peri estão namorando.
    Jacuí conta à Peri sobre o que aconteceu com Jassanã, omitindo sobre Ceci estar lá. Assustado com a notícia, ele sai da empresa rapidamente para o hospital.
    No hospital ele acaba sabendo que Ceci está lá e os dois finalmente se reencontram.





    Os dois se aproximavam cada vez mais um do outro. Era nítida a vontade que sentiam de se abraçar e beijar imediatamente.
    Ceci continuou o que estava dizendo.

    - Mas as palavras que eu planejava poder lhe dizer foram abaladas pela ligação que fiz para sua secretária, descobrindo que você já me esqueceu.


    Capítulo 68 - Romance Abalado

    - D-do que está falando? - perguntou assustado, sabendo que estava errado ao ter assumido compromisso com Jacuí naquele dia.
    - De você já ter me esquecido. De você já estar com outra mulher. De você ter conhecido outra secretária. - fez alusão à forma com que os dois se conheceram, em que Peri havia se apaixonado por Ceci quando ela iria fazer o teste pra ser secretária da empresa.
    - Não, não. Não foi assim. Você deve ter entendido errado, Ceci.
    - Eu entendi perfeitamente Peri. Sua secretária disse ao ouvir meu nome que vocês estavam juntos, que ela era sua nova namorada.

    Peri começou à sentir raiva por saber que Jacuí falou propositalmente isso para que ele não voltasse com a esposa. Ela sabia que se Ceci ainda o quisesse seu relacionamento acabaria instantaneamente. "Foi por isso que ela não queria que eu vinhesse tão depressa", pensou.
    Ele precisava dar alguma explicação para quem realmente amava. Assim começou:

    - Ceci, deixe-me explicar. Ela está louca. Só fez isso pra que você sentisse raiva de mim e...
    - Então você diz que não esteve com ela em nenhum momento desde que fui embora?

    Peri olhou para o chão, respondendo a pergunta sem precisar dizer nada. Foi nítida em sua expressão que ele já tinha começado um relacionamento com Jacuí.

    - Ótimo, então. - Ceci disse, triste e nervosa por achar que ele já esquecera dela - Nós não temos mais o que conversar.
    - Espere, Ceci. Eu lhe devo uma explicação.
    - Guarde elas para Jacuí ou uma das próximas suas que acredite. Adeus. - andou até a saída do hospital, decepcionada com ele.

    Estava arrependida de ter voltado àquela cidade.
    Peri, por sua vez, entrou no hospital pensando em como poderia se redimir à quem tanto amava.



    - Nossa, nunca imaginaria isso - respondeu Amanauci, após saber que Peri era o marido que Ceci disse ter.

    Estava chocada com aquilo. Tinha acabado de voltar de um beijo e um pedido de amor para Peri. Saber que estava traindo a amizade de Ceci era desconfortável.
    Ela não quis demonstrar muito interesse e tentou fingir que não estava chocada com a noticia, para que Icaraí não desconfiasse sobre a mãe em relação à esse assunto.

    - É, nem eu. - disse a filha - A senhora precisava ver o sorriso que ela fez ao falar dele, está completamente apaixonada.
    - É? Tomara que ela já saiba o verdadeiro caráter que ele tem.



    Peri foi até a sala de espera e sentou em um dos bancos. Começou à pensar no que precisava mudar em se jeito de ser. Tinha acabado de magoar mais uma mulher e não queria que isso ocorresse mais vezes. Queria poder se desculpar mas não sabia como, pois ele realmente estava errado.

    Um rapaz sentou ao lado dele e passou à ler um jornal. Depois de alguns minutos de sua leitura, o rapaz notou o quanto Peri estava nervoso e pensativo.

    - Não se preocupe, tudo vai ficar bem com Jassanã. - disse, achando que o motivo do nervosismo de Peri era a filha.
    - Obrigado... Abaeté - respondeu ao olhar para o rapaz e identificá-lo.

    Abaeté parecia estar nervoso também.

    - De nada.... pai.














    CONTINUA NO CAPITULO 69 - PAI E FILHO
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    Mensagem por Admin Qua Jul 14, 2010 10:34 pm

    Nos capitulos anteriores...
    Jassanã, diante de tantos problemas que enfrentava, acabou se machucando e matando o próprio filho. Ceci, que estava no local, e Abaeté à levam para o hospital.
    Amanauci, depois de se declarar para Peri, não obtendo a resposta desejada, descobre que a esposa dele era nada menos que a hóspede da sua casa, Ceci.
    Ela, por sua vez, estava no hospital e liga para as empresas Tupiniquins para avisar Peri sobre o acidente, descobrindo com Jacuí que ela e Peri estão namorando.
    Jacuí conta à Peri sobre o que aconteceu com Jassanã, omitindo sobre Ceci estar lá. Assustado com a notícia, ele sai da empresa rapidamente para o hospital.
    No hospital ele acaba sabendo que Ceci está lá e os dois finalmente se reencontram onde ela fala sobre saber que ele está com outra e os dois acabam tendo uma nova briga.





    Peri foi até a sala de espera e sentou em um dos bancos. Começou à pensar no que precisava mudar em seu jeito de ser. Tinha acabado de magoar mais uma mulher e não queria que isso ocorresse mais vezes. Queria poder se desculpar mas não sabia como, pois ele realmente estava errado.

    Um rapaz sentou ao lado dele e passou à ler um jornal. Depois de alguns minutos de sua leitura, o rapaz notou o quanto Peri estava nervoso e pensativo.

    - Não se preocupe, tudo vai ficar bem com Jassanã. - disse, achando que o motivo do nervosismo de Peri era a filha.
    - Obrigado... Abaeté - respondeu ao olhar para o rapaz e identificá-lo.

    Abaeté parecia estar nervoso também.

    - De nada.... pai.


    Capítulo 69 - Pai e filhos

    Peri levou mais um grande susto ao escutar Abaeté lhe chamando de pai.
    "Calma, calma. Talvez eu tenha escutado errado", pensou. Estava com tantos problemas surgindo naquele dia que não acreditava que vinhesse mais um do passado para lhe infernizar.
    Claro que aquilo era algo que Peri desejava tratar com o seu recém-descoberto filho, mas não tinha condições de ter uma conversa digna com ele naquele estado em que estava.
    O cansaço, a vontade de ir atrás de Ceci, a raiva que sentia de Jacuí, o nervosismo por Jassanã, uma outra filha que teve com Amanauci. Não havia mais espaço para outras emoções naquele momento.
    Tentou fingir que não tinha escutado ou entendido errado. Quem sabe esse "Pai" veio de sua mente estressada. Pois só ele sabia disso e, pra ele, Iracema não sabia nem que Jassanã era sua filha.

    - É, estou bastante preocupado com ela. - disse, referindo-se à Jassanã e fingindo não ter escutado a última frase de Abaeté.
    - Mas não se preocupe. Já está tarde. Eu ficarei aqui com ela. Se quiser, o senhor pode ir para sua casa. - respondeu, notando que Peri não queria falar sobre aquilo.
    - Eu... agradeço muito por você fazer isso. Amanhã cedo voltarei aqui para vê-la.

    Assim, Peri foi até o quarto ver e se despedir da filha que estava dormindo naquele momento e saiu do hospital decidido à obter explicações de Jacuí sobre o que ela falou pra Ceci.



    Ceci chegou na pousada, com uma cara triste e decepcionada. Ao abrir a porta, sua presença foi notada imediatamente pelas duas pessoas que habitavam o local.

    - Oi Ceci. - disse Icaraí, sorridente.
    - Como foi seu encontro com o Peri? - Amanauci perguntou, com um sorriso quase maldoso por saber que Ceci estava escondendo isso dela até aquele momento.
    - Foi... decepcionante.
    - Oh não. Por que? - perguntou, Icaraí, com uma cara triste por saber disso.
    - Ele estava com outra hoje.

    Amanauci tentou se afastar de Ceci, ficando calada e séria por achar que a tal mulher que estava com Peri naquele dia era ela.



    Peri foi até o prédio da empresa. Lá estava Jacuí, preparando-se para largar do trabalho.

    - Olá, Jacuí. - entrou na sala.
    - Ah, oi querido. Então como foi lá.
    - Jassanã não corre risco de vida. Está tudo bem com ela.
    - Ah, que bom. - sorriu, achando que ele não havia encontrado Ceci lá. Foi tentar beijá-lo mas ele saiu de perto.
    - O mais interessante lá é que eu encontrei alguém que não via há dias. Alguém que você sabe o quanto é importante pra mim.



    Abaeté ficou no quarto com Jassanã até ela acordar aos poucos.

    - ...nde, onde eu estou? - perguntou, abrindo mais os olhos.
    - Jassanã! - foi até a cama dela, sorridente por vê-la acordada. - Está no hospital, vai ficar tudo bem. Seu pai veio aqui. Estava preocupado com você.
    - E-e o bebê?
    - O bebê... não vai sobreviver. Mas, você precisa agradecer por ainda estar aqui e por saber que tudo vai ficar bem.

    Ela ficou durante um bom tempo parada, olhando fixamente para Abaeté.

    - O que foi? - perguntou, um pouco nervoso, achando que ela estava sentindo algo.

    O rosto de Jassanã, então, começou à ser invadido por lágrimas.

    - Me desculpe por ter feito isso. Eu não queria machucar o bebê. - desculpou-se.
    - Pare com isso, querida. Não fique mais preocupada com isso. - não queria vê-la daquela forma, ainda mais depois de uma pequena cirurgia.
    - Eu só... eu só pensei em acabar com a dolorosa vida que tinha naquela hora. Mas - soluçou - quando fiz aquilo senti um... arrependimento... por nunca mais poder te ver se morresse.
    - Esquece isso - Abaeté começava à chorar também - Você está aqui. Você está viva.
    - Eu te amo, Abaeté. Eu não quero vê-lo como irmão. - soluçava.
    - Não vai. Não vai. Eu também senti uma enorme dor por saber que algo poderia lhe ocorrer. E vi que não conseguiria mudar meu amor por você. Então... eu, eu, eu cheguei à conclusão de que... se isso é um pecado... então preciso preparar as malas para o inferno pois gostaria de conviver com ele.









    CONTINUA NO CAPITULO 70 - O FIM RÁPIDO DE UM RELACIONAMENTO
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    Mensagem por Admin Qua Jul 14, 2010 10:34 pm

    Nos capitulos anteriores...
    Jassanã, diante de tantos problemas que enfrentava, acabou se machucando e matando o próprio filho. Ceci, que estava no local, e Abaeté à levam para o hospital.
    Amanauci, depois de se declarar para Peri, não obtendo a resposta desejada, descobre que a esposa dele era nada menos que a hóspede da sua casa, Ceci.
    Ela, por sua vez, estava no hospital e liga para as empresas Tupiniquins para avisar Peri sobre o acidente, descobrindo com Jacuí que ela e Peri estão namorando.
    Jacuí conta à Peri sobre o que aconteceu com Jassanã, omitindo sobre Ceci estar lá. Assustado com a notícia, ele sai da empresa rapidamente para o hospital.
    No hospital ele acaba sabendo que Ceci está lá e os dois finalmente se reencontram onde ela fala sobre saber que ele está com outra e os dois acabam tendo uma nova briga.





    Peri foi até o prédio da empresa. Lá estava Jacuí, preparando-se para largar do trabalho.

    - Olá, Jacuí. - entrou na sala.
    - Ah, oi querido. Então como foi lá.
    - Jassanã não corre risco de vida. Está tudo bem com ela.
    - Ah, que bom. - sorriu, achando que ele não havia encontrado Ceci lá. Foi tentar beijá-lo mas ele saiu de perto.
    - O mais interessante lá é que eu encontrei alguém que não via há dias. Alguém que você sabe o quanto é importante pra mim.


    Capítulo 70 - O fim rápido de um relacionamento

    - É? Quem? - perguntou, fingindo não saber.
    - Aquela moça chamada Ceci que ligou para você e você disse que estava comigo.
    - Sim, sim. - respondeu, tentando ainda assim permanecer com o fingimento - Foi ela que falou sobre o acidente da sua filha.
    - É a minha esposa, caso tenha esquecido. Falei sobre ela com você hoje.
    - Sim, lembro. É claro que eu iria lhe avisar sobre ela quando terminasse de noticiar o acidente de sua filha mas você saiu atordoado...
    - Fale a verdade, Jacuí, você não iria falar nada disso. - falou, sem paciência.
    - Claro que iria.
    - Qual é a secretária que diz para alguém que está namorando o patrão, principalmente quando esse alguém é a esposa do tal patrão?
    - Ela não é mais sua esposa! Você mesmo disse que ela não gostava mais de você.
    - Eu estava enganado! Estava enganado. Fui um burro por pensar assim e não tentar ao menos procurá-la para saber o que ela realmente pensava. O que realmente sentia. - disse, olhando para o chão do escritório, arrependido.
    - Aonde você quer chegar com isso, então? - perguntou, já sabendo do que se tratava aquela conversa.

    Peri voltou à olhar para Jacuí e respondeu o que já era previsto.

    - Com a nossa separação.



    Ceci começou à chorar e explicar com mais detalhes para Icaraí o que tinha acontecido no encontro dela com Peri.

    - Não acredito que ele já estava com outra. - disse, Icaraí, perplexa ao saber da história.
    - É, a própria secretária. Deve ter sido a primeira mulher que ele viu, logo após a nossa briga.

    Ao saber que se tratava da secretária, Amanauci ficou aliviada e passava à se aproximar mais da conversa.
    Icaraí tentava consolar Ceci, defendendo-a nos pontos de vista sobre os homens, ou especificamente, sobre Peri.
    Quando Ceci estava mais calma e já tinha desabafado tudo o que ocorreu com ela, Amanauci que estava calada na maior parte do tempo, perguntou:

    - Você ainda quer voltar pra ele?



    - O quê?! - Jacuí disse, falsamente escandalizada pois já sabia que Peri lhe diria aquilo.
    - Eu deixei bem claro hoje que não possuia sentimentos por você e sim por ela, Jacuí. Não posso ficar com você amando outra pessoa, além do mais quando estive com essa pessoa durante anos e não estou nem há uma semana com você.
    - Quer dizer então que vai me jogar fora assim? Vai acabar com nosso relacionamento assim? - perguntou, começando a chorar.
    - Nós nunca iniciamos oficialmente esse relacionamento, sabe muito bem disso. Eu não sinto nada por você, Jacuí.
    - Eu só escuto falar de seus sentimentos, seus sentimentos. E OS MEUS?! - alterou-se - ONDE FICAM OS MEUS SENTIMENTOS?!
    - Não vale a pena estar com alguém que não lhe ame, Jacuí. - sentiu repetir a mesma frase que usou com Amanauci.
    - MAS ELA NÃO TE AMA! SERÁ QUE NÃO VÊ? - gritou.
    - Você está descontrolada, Jacuí. Por favor, me entenda.
    - Nunca te entenderei.
    - Então sinto muito por sua infelicidade. Não gostaria de lhe ver infeliz.
    - Então fique comigo!
    - Não! Não pode me obrigar a gostar de você!
    - AQUELA VADIA NÃO TE AMA!! - gritou, nervosa.

    Jacuí havia ido longe demais ao chamar Ceci daquele jeito. Peri perdeu sua paciência com ela e disse serio e irritado:

    - Nunca deveria ter me envolvido com você. É melhor sair daqui imediatamente, antes que essa conversa abale também a nossa relação profissional.








    CONTINUA NO CAPITULO 71 - RAIVA
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    Mensagem por Admin Qua Jul 14, 2010 10:35 pm

    Nos capitulos anteriores...
    Jassanã, diante de tantos problemas que enfrentava, acabou se machucando e matando o próprio filho. Ceci, que estava no local, e Abaeté à levam para o hospital.
    Amanauci, depois de se declarar para Peri, não obtendo a resposta desejada, descobre que a esposa dele era nada menos que a hóspede da sua casa, Ceci.
    Ela, por sua vez, estava no hospital e liga para as empresas Tupiniquins para avisar Peri sobre o acidente, descobrindo com Jacuí que ela e Peri estão namorando.
    Jacuí conta à Peri sobre o que aconteceu com Jassanã, omitindo sobre Ceci estar lá. Assustado com a notícia, ele sai da empresa rapidamente para o hospital.
    No hospital ele acaba sabendo que Ceci está lá e os dois finalmente se reencontram onde ela fala sobre saber que ele está com outra e os dois acabam tendo uma nova briga.
    Peri, ao saber que Jacuí tinha contado tudo pra Jassanã propositalmente, termina o relacionamente que mal começou.





    - Você está descontrolada, Jacuí. Por favor, me entenda.
    - Nunca te entenderei.
    - Então sinto muito por sua infelicidade. Não gostaria de lhe ver infeliz.
    - Então fique comigo!
    - Não! Não pode me obrigar a gostar de você!
    - AQUELA VADIA NÃO TE AMA!! - gritou, nervosa.

    Jacuí havia ido longe demais ao chamar Ceci daquele jeito. Peri perdeu sua paciência com ela e disse serio e irritado:

    - Nunca deveria ter me envolvido com você. É melhor sair daqui imediatamente, antes que essa conversa abale também a nossa relação profissional

    Capítulo 71 - Raiva

    Jacuí ficou durante um bom tempo sem saber o que fazer até ter a consciência de que se falasse mais alguma coisa naquele momento a raiva de Peri só iria aumentar e tornar aquela situação muito pior do que já estava.
    Não havia mais como ela tentar conquistá-lo. Ele amava Ceci e continuaria amando.

    Assim, ela saiu da sala do escritório. Pegou sua bolsa e deixou o prédio da empresa chorando por saber que nunca teria o amor de Peri.
    No decorrer do caminho, aquele sentimento de amor estava sendo transformado em um enorme ódio.
    "Como ele foi capaz de me usar desse jeito?!" - perguntava para si própria, com raiva.



    - Diga, Ceci. Você ainda quer voltar para ele?

    Ceci ficou parada por um instante. Pensando no que sentia naquele momento pelo Peri. Até que chegou à conclusão:

    - Eu não consigo deixar de amá-lo. Mesmo depois de tantas decepções eu não consigo deixar de amá-lo. - respondeu, aos prantos.

    Icaraí passou à abraçá-la, consolando sua tristeza enquanto Amanauci via que Ceci estava falando a verdade mas que estava enganada por pensar que Peri não gostava dela.



    O dia de longe mais agitado daquelas pessoas estava finalmente terminando.
    Todos estavam confusos em relação aos seus sentimentos com os outros e sobre tudo o que ocorreu.

    Peri estava em casa sem ninguém ao seu lado para fazê-lo esquecer por um momento a dor que sentia por não estar com Ceci por causa de seus erros.

    Ceci, por sua vez, chorava na companhia de Icaraí, que começava à ter uma nova visão sobre o pai mas teve ela destruida ao saber o que havia acontecido no reencontro entre Ceci e ele, e Amanauci, que tentava perder a vontade que tinha de ser a mulher de Peri por ver que era Ceci quem merecia estar com ele.

    Jassanã dormia sob uso de medicamentos, depois da operação. No seu quarto estava Abaeté, que a olhava pensando em tudo o que aconteceu no decorrer do dia. Não era fácil assimilar que sua noiva amada é sua irmã e que seu filho havia morrido.

    Aracauê estava em sua casa, com uma enorme raiva por Peri. Não conseguia acreditar em como ficou tanto tempo escondendo um segredo e vivendo como um serviçal para que no final fosse demitido e dado como um louco pela própria filha.
    Passou a noite pensando em como se vingar do ex-patrão e da amada Jacuí que não lhe defendeu na hora em que foi demitido.

    Jacuí também não conseguia dormir com o seu ódio por Peri e Ceci aumentando cada vez mais. Não sabia se queria continuar trabalhando na empresa depois de tudo.



    O novo dia já começara.
    Peri acordou do pouco sono que teve e foi para o hospital ver a filha. Perguntava-se onde Ceci poderia estar. Em algum hotel, na casa de algum amigo...
    Queria poder ligar para ela e pedir para se encontrarem novamente. Sentia um enorme peso na consciencia com o sofrimento que estava causando nela.

    Ao chegar no hospital. Encontrou Jassanã dormindo.

    - É melhor não acordar pra ela poder descansar bastante. Passou por muitos problemas ontem. - Abaeté disse pra Peri, com a mesma estranheza do dia anterior em que os dois sabem que são pai e filho mas não dizem um para o outro pois Abaeté ao tentar da primeira vez chamá-lo de pai não recebeu nenhuma resposta, ficando, assim, sem querer tocar nesse assunto mais.



    A porta batia no apartamento de Aracauê. Ele estranhou por não ter visitas frequentes. Pensava até se era Peri pedindo desculpas por tê-lo demitido e se sentia preparado para bater mais ainda no ex-patrão.
    Abriu a porta e teve uma quase agradável surpresa:

    - Jacuí?








    CONTINUA NO CAPITULO 72 - SENTIMENTOS IGUAIS
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    Mensagem por Admin Qua Jul 14, 2010 10:35 pm

    Nos capitulos anteriores...
    Jassanã, diante de tantos problemas que enfrentava, acabou se machucando e matando o próprio filho. Ceci, que estava no local, e Abaeté à levam para o hospital.
    Amanauci, depois de se declarar para Peri, não obtendo a resposta desejada, descobre que a esposa dele era nada menos que a hóspede da sua casa, Ceci.
    Ela, por sua vez, estava no hospital e liga para as empresas Tupiniquins para avisar Peri sobre o acidente, descobrindo com Jacuí que ela e Peri estão namorando.
    Jacuí conta à Peri sobre o que aconteceu com Jassanã, omitindo sobre Ceci estar lá. Assustado com a notícia, ele sai da empresa rapidamente para o hospital.
    No hospital ele acaba sabendo que Ceci está lá e os dois finalmente se reencontram onde ela fala sobre saber que ele está com outra e os dois acabam tendo uma nova briga.
    Peri, ao saber que Jacuí tinha contado tudo pra Jassanã propositalmente, termina o relacionamente que mal começou.





    A porta batia no apartamento de Aracauê. Ele estranhou por não ter visitas frequentes. Pensava até se era Peri pedindo desculpas por tê-lo demitido e se sentia preparado para bater mais ainda no ex-patrão.
    Abriu a porta e teve uma quase agradável surpresa:

    - Jacuí?

    Capítulo 72 - Sentimentos iguais

    - O que veio fazer aqui? - perguntou, irritado - Ver como está a minha desgraça?
    - Vim conversar com você. Saber se precisa de algo. Quero te ajudar.
    - Eu não preciso de nada! - respondeu, arrogantemente. - Quem mandou você aqui? Foi ele? Foi o Peri? Foi o seu querido Peri? Foi o homem que roubou a minha vida inteira? Foi aquele idiota?!
    - Não, nao foi. - ela respondeu, ainda calma mesmo depois do estresse que Aracauê causava com aquele ataque psicológico desesperado que tinha no momento.
    - Então por que está aqui?!
    - Porque como já disse quero conversar e saber como você está já que 'aquele' idiota acabou de me dispensar de sua vida também.
    - Do que está falando?
    - O Peri terminou ontem à noite o nosso namoro.
    - Ah, foi? - Aracauê começou a ter um sorriso maldoso estampando no rosto - Está contente agora? Por tê-lo apoiado em tudo e ter deixado eu ser demitido?
    - Eu nunca apoiei ele na sua demiss...
    - BEM FEITO! Bom pra você! Não sabe mais o que fazer. Agora entendo porque veio aqui, quer a minha ajuda, não é?
    - Não exatamente.

    Essa resposta o fez prestar mais atenção no que Jacuí queria.
    Ela foi até perto dele e respondeu:

    - Eu quero me despedir da empresa, quero a sua ajuda e também quero lhe ajudar.
    - Como assim quer me ajudar também?
    - Você odeia o Peri, certo? Digamos então que temos sentimentos iguais por ele. Sendo assim, a felicidade de um de nós em relação à isso será a felicidade do outro também.

    Aracauê começava à entender a idéia dela, começando à sorrir e pensar no que poderiam fazer.



    Ceci começava à conversar com Icaraí sobre a volta para Minas Gerais. Ela parecia começar à querer voltar pra lá de vez.
    Amanauci estava com a consciência bastante pesada por saber que poderia aliviar a dor e tristeza que Ceci sentia naquele momento e que até agora não havia feito nada.

    - Ceci - a chamou enquanto ela bebia água com o rosto inchado e triste.
    - Sim? - perguntou à Amanauci.
    - Sabe... Não sei se gostará do que tenho pra dizer, mas eu direi assim mesmo pois estou vendo o quanto você está triste.

    A conversa das duas começava à atrair a atenção de Icaraí que comia enquanto assistia a televisão do hotel.

    - Talvez fique com um pouco de raiva de mim mas sei que entenderá depois, o que não aconteceria se eu demorasse pra te dizer.
    - Você está me assustando, Amanda. O que foi?
    - Ontem, no momento em que saí para a casa dos meus pais... eu estava mentindo.
    - Mentindo? Por que faria isso? - estranhou.
    - Porque eu estava com Peri. Estava com o seu marido.

    Icaraí engasgou-se.



    - Pai? - Jassanã acordou e viu o pai ao lado de Abaeté nas poltronas do quarto de hospital.
    - Jassanã! - saiu rapidamente da cadeira para ficar perto da filha - Como você está?
    - E-estou bem. - respondeu, ainda debilitada.
    - Querida, estou muito mal com o que fiz pra você naquele dia. Quero me desculpar. - disse, emocionando-se.
    - Não fique assim, pai. Eu preciso me desculpar também. Fiz muita coisa errada no decorrer da minha vida. Hoje vejo o quanto fiz coisas ruins sem motivo algum. Preciso me desculpar com você, com a Ceci que me ajudou a me acompanhou aqui no hospital...
    - A Ceci lhe acompanhou da rua?
    - Foi. - Abaeté respondeu pela noiva - Ela avisou disse que viria hoje aqui saber como a Jassanã estava.








    CONTINUA NO CAPITULO 73 - O VERDADEIRO AMOR
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    Mensagem por Admin Qua Jul 14, 2010 10:35 pm

    Nos capitulos anteriores...
    Jassanã, diante de tantos problemas que enfrentava, acabou se machucando e matando o próprio filho. Ceci, que estava no local, e Abaeté à levam para o hospital.
    Amanauci, depois de se declarar para Peri, não obtendo a resposta desejada, descobre que a esposa dele era nada menos que a hóspede da sua casa, Ceci.
    Ela, por sua vez, estava no hospital e liga para as empresas Tupiniquins para avisar Peri sobre o acidente, descobrindo com Jacuí que ela e Peri estão namorando.
    Jacuí conta à Peri sobre o que aconteceu com Jassanã, omitindo sobre Ceci estar lá. Assustado com a notícia, ele sai da empresa rapidamente para o hospital.
    No hospital ele acaba sabendo que Ceci está lá e os dois finalmente se reencontram onde ela fala sobre saber que ele está com outra e os dois acabam tendo uma nova briga.
    Peri, ao saber que Jacuí tinha contado tudo pra Jassanã propositalmente, termina o relacionamente que mal começou.
    Com raiva, ela vai até Aracauê, planejando se vingar. Amanauci começa à contar para Ceci sobre seu encontro com Peri.





    - Pai? - Jassanã acordou e viu o pai ao lado de Abaeté nas poltronas do quarto de hospital.
    - Jassanã! - saiu rapidamente da cadeira para ficar perto da filha - Como você está?
    - E-estou bem. - respondeu, ainda debilitada.
    - Querida, estou muito mal com o que fiz pra você naquele dia. Quero me desculpar. - disse, emocionando-se.
    - Não fique assim, pai. Eu preciso me desculpar também. Fiz muita coisa errada no decorrer da minha vida. Hoje vejo o quanto fiz coisas ruins sem motivo algum. Preciso me desculpar com você, com a Ceci que me ajudou a me acompanhou aqui no hospital...
    - A Ceci lhe acompanhou da rua?
    - Foi. - Abaeté respondeu pela noiva - Ela avisou disse que viria hoje aqui saber como a Jassanã estava.

    Capítulo 73 - O verdadeiro amor

    A notícia de Ceci voltar para o hospital naquele mesmo dia deixava Peri anciosíssimo. Pensava que seria difícil descobrir onde ela estava e reencontrá-la mas aquilo dava à ele uma nova chance de poder vê-la e poder pedir perdão.



    - COMO?! - Icaraí gritou, escandalizada com a mãe.

    Ceci estava sem reação por escutar aquilo. Amanauci prosseguiu como se ninguém tivesse lhe interrompido.

    - Eu o encontrei e disse algo que sempre tentei esconder da minha família. Disse algo que eu tentava negar para mim mesma. Tentava negar que sentia um amor imenso por ele.
    - Mãe! - Icaraí a censurou por estar falando uma coisa dessas para Ceci, ainda escandalizada com aquilo que Amanauci estava falando.
    - Eu não aguentei esconder mais isso e acabei vindo para cá com o intuito maior de poder falar com ele e dizer tudo o que sentia.
    - Você... - Ceci tentava entender.
    - Falei com o Peri e disse que o amava.
    - A senhora está louca, mãe? - Icaraí reprovou novamente aquela atitude, nervosa quanto à reação de Ceci e sem enterder direito sobre aquilo, levantando-se da cama que estava sentada.
    - Deixe-me terminar, filha. - respondeu, pela primeira vez se dirigindo à Icaraí.
    - Você é apaixonada pelo Peri? - Ceci perguntou, assustada com aquela confissão. Nunca suspeitaria isso. - Eu sempre achei que você o odiasse, que aquela situação havia sido traumatizante para você.
    - O importante nesse momento, Ceci, é: Eu disse que estava apaixonada por ele e o beijei... Mas ele não gostou e disse amar a esposa.

    Cada nova frase de Amanauci trazia um novo susto para Icaraí e Ceci até que refletiram e entenderam tudo o que ela queria dizer com aquilo.
    Ceci começou à entender:

    - Quer dizer então que...
    - Ele te ama, Ceci. - respondeu Icaraí.
    - O amor que ele sente por você é verdadeiro. - Amanauci complementeou - Se ele não se importasse com isso, teria aceitado meus beijos e carinhos.

    Ceci ficou paralisada pensando no que deveria fazer naquele momento, enquanto Amanauci continuava à falar:

    - E eu estou lhe dizendo isso agora para me desculpar por não saber de sua ligação com ele e pra não esconder de você algo que poderia mudar sua vida e felicidade se fosse omitido.
    - O que você está esperando, Ceci? - Icaraí, novamente entrou na conversa - Vá até ele!



    Peri esperava anciosamente pela volta de Ceci ao hospital enquanto ela decidia ir encontrá-lo no prédio da empresa Tupiniquim.
    Uma parte dela não conseguia acreditar que aquilo fosse verdade. Havia ficado muito decepcionada pra achar que ele ainda a amava. Porém, mesmo que fosse mentira, sabia que seu amor por ele permaneceria.

    Entrou no prédio e foi avisada de que Peri não estava no escritório e que voltaria em pouco tempo.

    - Então eu esperarei aqui mesmo, tá? - avisou ao recepcionista.

    Alguém, naquele momento, parecia se aproximar dela:

    - Olá, Ceci. - cumprimentou Jacuí, que chegava no prédio.
    - Olá. - ela respondeu à moça loira que não conhecia.








    CONTINUA NO CAPITULO 74 - ALGO EM COMUM
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    A Chama de Tupã - Página 4 Empty Re: A Chama de Tupã

    Mensagem por Admin Qua Jul 14, 2010 10:35 pm

    Nos capitulos anteriores...
    Jassanã, diante de tantos problemas que enfrentava, acabou se machucando e matando o próprio filho. Ceci, que estava no local, e Abaeté à levam para o hospital.
    Amanauci, depois de se declarar para Peri, não obtendo a resposta desejada, descobre que a esposa dele era nada menos que a hóspede da sua casa, Ceci.
    Ela, por sua vez, estava no hospital e liga para as empresas Tupiniquins para avisar Peri sobre o acidente, descobrindo com Jacuí que ela e Peri estão namorando.
    Jacuí conta à Peri sobre o que aconteceu com Jassanã, omitindo sobre Ceci estar lá. Assustado com a notícia, ele sai da empresa rapidamente para o hospital.
    No hospital ele acaba sabendo que Ceci está lá e os dois finalmente se reencontram onde ela fala sobre saber que ele está com outra e os dois acabam tendo uma nova briga.
    Peri, ao saber que Jacuí tinha contado tudo pra Jassanã propositalmente, termina o relacionamente que mal começou.
    Com raiva, ela vai até Aracauê, planejando se vingar. Amanauci começa à contar para Ceci sobre seu encontro com Peri lhe fazendo ver que ele realmente a ama.





    Peri esperava anciosamente pela volta de Ceci ao hospital enquanto ela decidia ir encontrá-lo no prédio da empresa Tupiniquim.
    Uma parte dela não conseguia acreditar que aquilo fosse verdade. Havia ficado muito decepcionada pra achar que ele ainda a amava. Porém, mesmo que fosse mentira, sabia que seu amor por ele permaneceria.

    Entrou no prédio e foi avisada de que Peri não estava no escritório e que voltaria em pouco tempo.

    - Então eu esperarei aqui mesmo, tá? - avisou ao recepcionista.

    Alguém, naquele momento, parecia se aproximar dela:

    - Olá, Ceci. - cumprimentou Jacuí, que chegava no prédio.
    - Olá. - ela respondeu à moça loira que não conhecia.

    Capítulo 74 - Algo em comum

    Ceci nunca havia conhecido ela pessoalmente, por isso achava que aquela moça à sua frente trabalhava em outro setor da empresa e a Jacuí, que só conhecia por nome, estaria no andar do escritório de Peri.

    Jacuí sorridente não parava de olhar para Ceci, causando um estranhamento e mal-estar para ela.

    - Você trabalha aqui? - Ceci perguntou, iniciando uma conversa por não estar mais aguentando vê-la lhe encarar.
    - Sim, sim. - Ela respondeu - Eu trabalho na... - pensou em uma mentira - na representação dos produtos daqui.
    - Ah, que legal. - Ceci falou, sem saber mais sobre o que conversar.
    - É...

    Jacuí também não sabia como agir. Não estava aguardando aquilo. Seus planos eram outros mas, por uma ocasião, teve a sorte de encontrar sua "inimiga" na recepção.
    A partir daquele momento, mudou seus planos e passou a desejar uma conversa mais íntima com ela.

    - Está esperando alguém?
    - Sim, o Peri.
    - Ah, o doutor Peri. Ele daqui a pouco deve chegar. Quer vir para a minha sala para conversarmos melhor? É mais reservado lá?
    - Er... - Pensou se deveria mesmo ir - Tá certo, então.

    Ceci levantou da cadeira em que estava sentava e foi guiada até o elevador.

    Do elevador, logo chegaram no andar do escritório que Ceci passava a achar bem parecido com o de Peri. Começou à pensar se as salas do prédio eram todas parecidas.

    - Então... - Jacuí iniciou outra conversa, levando-a para a sala do escritório de Peri - Qual é o seu nome?
    - Eu me chamo Ceci, e você?

    Ao entrarem na sala, Ceci viu retratos do marido e até dela na mesa e soube a partir de então que não estava enganada. Aquela sala era a dele.

    - Eu? Jacuí. - respondeu, rindo.

    Imediatamente Ceci identificou aquele nome e se virou para olhar as feições sínicas da moça à sua frente. Iria tentar sair de lá, mas já era tarde. Jacuí, naquele exato momento, estava trancando a porta do escritório.
    Ceci correu para impedir.

    - Mas o que está fazendo?! - exclamou, não conseguiu arrancar a chave das mãos dela.
    - Estou querendo iniciar a nossa conversa! - Empurrou os braços de Ceci, afastando-a. - Nós duas precisamos ter uma conversinha.
    - Eu não tenho nada pra conversar com você.
    - Tem sim. Nós duas temos algo em comum. Amamos a mesma pessoa. Porém, apenas uma o terá.



    Peri deixou de esperar por Ceci no hospital. Precisava resolver contratos da empresa e não sabia o que Jacuí poderia fazer depois da briga que os dois tiveram.
    Assim, saiu do hospital e foi até o prédio das Indústrias Tupiniquins, desanimado por não ter encontrado com Ceci lá.



    - O que você quer afinal? - perguntou Ceci, nervosa por estar trancada naquela situação.

    Jacuí parecia estar descontrolada.

    - Eu quero que você volte para aquela cidade que estava e esqueça o Peri de uma vez! Tudo estava bem até que você chegasse.
    - Está louca. A finalidade dessa conversa é me convencer de largar o Peri pra tê-lo só pra você?
    - E se for mesmo?! - gritou - Eu o amo e não deixarei que você acabe com o nosso relacionamento que estava apenas no início. Eu farei o Peri muito mais feliz do que quando ele estava com você.
    - Não adianta ficar desse jeito por uma pessoa que não gosta de você. - disse, pensando que, pra ela, seu caso era quase o mesmo e que antes estava bastante mal por conta disso.
    - Será que não entende?! Eu passei anos nessa empresa amando este homem e pensando se um dia ele gostaria de mim. E justamente no momento em que ele me dá essa atenção, em poucos dias tudo acaba por sua causa.
    - Não foi minha culpa.
    - Foi sim! - gritou - Ele te ama, de verdade, e é por isso que me deixou ontem!

    Ceci estava escutando mais uma confirmação de que ele gostava realmente dela.

    - Isso nunca vai mudar a menos que você o esqueça. - continuou - E é o que você deve fazer pra que ele fique com quem realmente o ame.
    - Mas eu o amo também! Você não vai poder mudar isso. Eu permanecerei aqui, não voltarei para Minas. - decidiu-se - Agora, abra essa porta.
    - Não vou abrir! Ficaremos aqui até o meu ódio passar. Só eu e você.

    Jacuí estava completamente descontrolada. Ceci passou a ter medo daquele olhar que parecia querer matá-la naquele momento.



    Peri chegou no prédio da empresa, onde o recepcionista o avisou:

    - Doutor, uma mulher chamada Ceci veio falar com o senhor.
    - Ceci? - perguntou, entusiasmado - Onde ela está?
    - Está lá em cima. No escritório. A Jacuí a levou para o andar de sua sala.



    Ceci queria sair daquela sala imediatamente, não aguentava mais discutir com Jacuí.

    - Me dê a chave, Jacuí! - pediu.
    - Não, não vou. Você vai ficar aqui, até a minha raiva passar.

    As duas se encararam até Ceci tomar a atitude de correr e tentar novamente puxar as chaves.
    Empurrões não adiantaram para que ela soltasse Jacuí daquela vez. O resultado foi uma série de gritos e agressões por parte das duas.
    Jacuí deu um tapa no rosto de Ceci que caiu no chão e a puxou pelos cabelos.









    CONTINUA NO CAPITULO 75 - A BRIGA POR PERI
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    Mensagem por Admin Qua Jul 14, 2010 10:36 pm

    Nos capitulos anteriores...
    Jassanã, diante de tantos problemas que enfrentava, acabou se machucando e matando o próprio filho. Ceci, que estava no local, e Abaeté à levam para o hospital.
    Amanauci, depois de se declarar para Peri, não obtendo a resposta desejada, descobre que a esposa dele era nada menos que a hóspede da sua casa, Ceci.
    Ela, por sua vez, estava no hospital e liga para as empresas Tupiniquins para avisar Peri sobre o acidente, descobrindo com Jacuí que ela e Peri estão namorando.
    Jacuí conta à Peri sobre o que aconteceu com Jassanã, omitindo sobre Ceci estar lá. Assustado com a notícia, ele sai da empresa rapidamente para o hospital.
    No hospital ele acaba sabendo que Ceci está lá e os dois finalmente se reencontram onde ela fala sobre saber que ele está com outra e os dois acabam tendo uma nova briga.
    Peri, ao saber que Jacuí tinha contado tudo pra Jassanã propositalmente, termina o relacionamente que mal começou.
    Com raiva, ela vai até Aracauê, planejando se vingar. Amanauci começa à contar para Ceci sobre seu encontro com Peri lhe fazendo ver que ele realmente a ama.
    Indo até o prédio da indústria, Ceci tem o azar de encontrar com Jacuí. As duas numa sala trancada iniciam uma discussão sobre Peri. Ele, por sua vez, chega no prédio da empresa sem saber o que está acontecendo.





    Ceci queria sair daquela sala imediatamente, não aguentava mais discutir com Jacuí.

    - Me dê a chave, Jacuí! - pediu.
    - Não, não vou. Você vai ficar aqui, até a minha raiva passar.

    As duas se encararam até Ceci tomar a atitude de correr e tentar novamente puxar as chaves.
    Empurrões não adiantaram para que ela soltasse Jacuí daquela vez. O resultado foi uma série de gritos e agressões por parte das duas.
    Jacuí deu um tapa no rosto de Ceci que caiu no chão e a puxou pelos cabelos.

    Capítulo 75 - A briga por Peri

    Jacuí cai no chão, derrubando alguns objetos da mesa do patrão amado. Irritada, ela grita:

    - ME SOLTE, SUA VAGABUNDA!

    Ceci não solta o cabelo dela, com uma enorme raiva e vontade de sair daquele lugar.
    Jacuí estava ajoelhada, tentando se levantar mas não conseguiu e logo foi empurrada para o chão por Ceci.

    - NÃO É ISSO O QUE VOCÊ QUER COM NÓS DUAS PRESAS?! POIS ENTÃO QUE FIQUEMOS AQUI DESSE JEITO, BRIGANDO!

    As duas rolavam pela sala de Peri entre tapas e gritos.



    Os gritos e barulhos de objetos caindo naquela sala começaram à ser percebidos pelos outros trabalhadores perto daquele andar.
    Sem saber do que se tratava aquilo, eles ligaram para o recepcionista.
    Peri, que ainda estava perto dele, perguntou o que estavam falando no telefone, querendo saber qual era o motivo daquela cara assustada do rapaz.

    - Parece que está acontecendo uma briga no andar do seu escritório, doutor.
    - Não me diga que...
    - Deve ser a Jacuí e a moça que veio lhe ver.
    - Ah, não...

    Peri correu para o elevador ao ter a confirmação do recepcionista sobre o que já suspeitava.
    "Jacuí havia encontrado Ceci e iniciado toda a briga", ele deduziu.

    Ao chegar no andar de seu escritório, os gritos e barulhos se tornavam cada vez mais alto. Reconhecia a voz das duas.

    - ESTÁ QUERENDO ME FAZER TE SOLTAR ASSIM?! - Jacuí gritava, ao Ceci parar de tentar lhe agredir por um instante - SAIBA QUE NÃO VOU DEIXAR VOCÊ SAIR, EU VOU TE MATAR AQUI! - disse, cada vez mais descontrolada.

    "TUM! TUM! TUM!" - Peri bateu fortemente na porta gritando:

    - ABRAM ESSA PORTA!

    A certeza de ter Peri, o motivo da briga, do outro lado da sala completamente irritado assustava as duas que se calaram imediatamente.

    Jacuí, parada, não quis abriu a porta. Peri continuava batendo.

    - ABRA ESSA PORTA, JACUÍ!! - gritava, furioso.

    Como viu que não adiantaria pedir. Peri passou a procurar suas próprias chaves daquela sala.
    Já haviam vários trabalhadores da empresa no corredor do escritório, assistindo àquela cena com uma certa distância do patrão.

    - Alguém tem a chave daqui?! - ele perguntou às pessoas, por não encontrar o que desejava em seu bolso. Estava nervoso por pensar que Ceci poderia estar sendo agredida naquelo momento.
    - Eu tenho, doutor! - avisou uma mulher baixinha, vestida de faxineira.

    Todos os outros indivíduos presentes deram espaço para que ela entrasse no escritório pela porta do corredor e pudesse chegar até onde Peri estava.

    O barulho da briga voltou. Jacuí começava à bater em Ceci, que gritava torcendo que Peri entrasse logo lá.
    Ceci foi empurrada para o espelho do escritório que quebrou, cortando-a e lhe fazendo cair no chão com a dor.

    - EU VOU TE MATAR! - Jacuí gritava.

    Peri abriu a porta e viu toda aquela cena.








    CONTINUA NO CAPITULO 76 - SEGUNDA DEMISSÃO
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    Mensagem por Admin Qua Jul 14, 2010 10:36 pm

    Nos capitulos anteriores...
    Jassanã, diante de tantos problemas que enfrentava, acabou se machucando e matando o próprio filho. Ceci, que estava no local, e Abaeté à levam para o hospital.
    Amanauci, depois de se declarar para Peri, não obtendo a resposta desejada, descobre que a esposa dele era nada menos que a hóspede da sua casa, Ceci.
    Ela, por sua vez, estava no hospital e liga para as empresas Tupiniquins para avisar Peri sobre o acidente, descobrindo com Jacuí que ela e Peri estão namorando.
    Jacuí conta à Peri sobre o que aconteceu com Jassanã, omitindo sobre Ceci estar lá. Assustado com a notícia, ele sai da empresa rapidamente para o hospital.
    No hospital ele acaba sabendo que Ceci está lá e os dois finalmente se reencontram onde ela fala sobre saber que ele está com outra e os dois acabam tendo uma nova briga.
    Peri, ao saber que Jacuí tinha contado tudo pra Jassanã propositalmente, termina o relacionamente que mal começou.
    Com raiva, ela vai até Aracauê, planejando se vingar. Amanauci começa à contar para Ceci sobre seu encontro com Peri lhe fazendo ver que ele realmente a ama.
    Indo até o prédio da indústria, Ceci tem o azar de encontrar com Jacuí. As duas numa sala trancada iniciam uma discussão sobre Peri. Ele, por sua vez, chega no prédio da empresa sem saber o que está acontecendo.





    Jacuí começava à bater em Ceci, que gritava torcendo que Peri entrasse logo na sala.
    Ceci foi empurrada para o espelho do escritório que quebrou, cortando-a e lhe fazendo cair no chão com a dor.

    - EU VOU TE MATAR! - Jacuí gritava.

    Peri abriu a porta e viu toda aquela cena.

    Capítulo 76 - Segunda demissão

    Jacuí parou de se mover ao notar a presença de Peri.
    Ele estava sério, olhando para ela com raiva e, ao finalmente voltar sua atenção para Ceci, que estava no chão, correu preocupado para saber se ela estava bem.

    - Ceci!! - foi até ela - Ceci, meu amor. Você está bem?

    Ela parecia estar desacordada. Havia pedaços de vidro espalhados no escritório.

    - Fale comigo, Ceci, por favor. - pediu, amedrontado.

    Peri passava a acudir a esposa desmaiada. Jacuí achou que deveria dizer algo para ele lhe compreender naquela situação.

    - Peri, eu não queria que ela se machucasse ass...
    - CALE SUA BOCA!! - gritou - Ceci!! - voltou a chamar, preocupado e sem querer prestar atenção no que sua secretária tinha para dizer.

    Ceci parecia começar à gemer e se mover, deixando o marido menos preocupado e tentando acordá-la.

    - Você está bem, Ceci? Fala comigo.
    - Urn... - ela murmurou, passando a abrir os olhos - Per...
    - Calma, calma. Está tudo bem. Eu vou levar você ao médico. Nada de ruim vai acontecer.
    - N... não. Não precisa. Eu estou bem. - disse, como se estivesse sonolenta.

    Peri chamou dois serviçais que estavam entre vários outros assistindo toda a cena pela porta do escritório.

    - Ajude-me à levá-la.

    Os dois serviçais foram carregá-la.

    - Foi só uma pancada na cabeça, nada grave. - ela permanecia falando lentamente, enquanto era levada pra fora do escritório.
    - Peri! - Jacuí chamou, cansada de ser ignorada.

    Peri dessa vez se virou para escutar.

    - Eu não queria machucá-la. Só estava conv...
    - Adeus, Jacuí.
    - O quê?!
    - Passou dos limites. Não quero mais tê-la por perto. Está demitida.
    - Você não...
    - É claro que eu posso fazer isso! Você é muito pior do que eu imaginaria. É tão má quanto o Aracauê, só que sua sentatez faz com que aja melhor do que ele nos planos.
    - Eu não planejei nada disso!
    - Não acreditarei mais nesse rosto inocente. Nada que está falando adiantará. Está demitida! Eu não quero mais você perto de mim, perto da Ceci, perto da minha família, perto da minha empresa. - disse, em tom de ameaça.
    - Eu não preciso desse emprego! - respondeu, nervosa - Saiba que eu estava aqui pela última vez. Eu mesma iria me demitir.
    - Deveria ter feito logo isso, então. Sem criar nenhum conflito. - respondeu friamente - Agora saia daqui.
    - Eu não vou mais lhe obedecer.
    - Acho melhor você me obedecer e sair, rápido. Antes que eu chame a polícia pelo que fez com a minha mulher.

    Assim, ele saiu da sala. Os funcionários na porta deram espaço para que o patrão passasse.

    Jacuí estava arrependida. Não acreditava que havia feito aquilo. Só aumentou a raiva de Peri por ela e acabou com o seu emprego.
    A partir daquele momento estava demitida igual ao Aracauê. Pior ainda era pensar que nunca teria o amor do patrão em sua vida.
    Começava a chorar, sendo assistida por vários funcionários incovenientes da empresa.

    - O QUE ESTÃO OLHANDO?! VÃO VIVER SUAS VIDAS! - gritava, chorando.

    A maioria, então, saiu da porta mas ainda sobraram alguns para assistir a desgraça dela por alguns segundos a mais.

    - ME ESQUEÇAM! ME ESQUEÇAM!! - gritou, derrubando outros objetos e retratos de Peri que estavam na mesa.

    Chorando, sentou no chão, falando sozinha:

    - Me esqueçam! Me esqueçam!

    Um segurança da empresa entrou e foi até ela.

    - Preciso que me entregue seu crachá e suas chaves daqui. Ordens do doutor Peri.










    CONTINUA NO CAPITULO 77 - O AMOR DECLARADO
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    Mensagem por Admin Qua Jul 14, 2010 10:36 pm

    Nos capitulos anteriores...
    Jassanã, diante de tantos problemas que enfrentava, acabou se machucando e matando o próprio filho. Ceci, que estava no local, e Abaeté à levam para o hospital.
    Amanauci, depois de se declarar para Peri, não obtendo a resposta desejada, descobre que a esposa dele era nada menos que a hóspede da sua casa, Ceci.
    Ela, por sua vez, estava no hospital e liga para as empresas Tupiniquins para avisar Peri sobre o acidente, descobrindo com Jacuí que ela e Peri estão namorando.
    Jacuí conta à Peri sobre o que aconteceu com Jassanã, omitindo sobre Ceci estar lá. Assustado com a notícia, ele sai da empresa rapidamente para o hospital.
    No hospital ele acaba sabendo que Ceci está lá e os dois finalmente se reencontram onde ela fala sobre saber que ele está com outra e os dois acabam tendo uma nova briga.
    Peri, ao saber que Jacuí tinha contado tudo pra Jassanã propositalmente, termina o relacionamente que mal começou.
    Com raiva, ela vai até Aracauê, planejando se vingar. Amanauci começa à contar para Ceci sobre seu encontro com Peri lhe fazendo ver que ele realmente a ama.
    Indo até o prédio da indústria, Ceci tem o azar de encontrar com Jacuí. As duas numa sala trancada iniciam uma discussão sobre Peri. Ele, por sua vez, chega no prédio da empresa sem saber o que está acontecendo.
    Ao ver a cena de Jacuí agredindo a esposa, Peri decide demití-la da mesma forma que com o Aracauê.





    Chorando, Jacuí sentou no chão, falando sozinha:

    - Me esqueçam! Me esqueçam!

    Um segurança da empresa entrou e foi até ela.

    - Preciso que me entregue seu crachá e suas chaves daqui. Ordens do doutor Peri.

    Capítulo 77 - Amor Declarado

    No hospital, Abaeté foi até o médico que cuidava de Jassanã para perguntar:

    - Doutor, qual é o estado da minha noiva?
    - Abaeté, o estado dela está muito bom. Ela está se recuperando perfeitamente da cirurgia que teve.
    - Então ela receberá alta em breve?
    - Acho que amanhã mesmo se ela não sentir nada já poderá ser levada para casa. Deverá ficar em repouso lá por um tempo mesmo assim.
    - Claro, doutor. Que ótima notícia. Muito obrigado. - disse, sorrindo.



    Peri entrou no andar em que Ceci foi levada. Ela estava com uma bolsa de gelo sendo colocada atrás da cabeça.
    Estava nervoso sobre o que deveria dizer à esposa.

    - Está bem? - perguntou, aproximando-se.
    - Sim, estou melhor. Foi só uma batidazinha na cabeça e nas costas, nada demais.

    Havia uma cadeira, próxima a que Ceci estava sentada. Peri, assim, sentou-se nela.

    - Mesmo assim precisamos ver se é algo grave.

    Ceci ficou calada, causando um terrível silêncio entre os dois. Parecia esperar que ele dissesse algo.
    Ao entender isso, ele iniciou o que pretendia dizer:

    - Ceci, eu... quero me desculpar. Preciso lhe pedir perdão pelo que fiz. Primeiro eu não quis acreditar em você quando disse não ter roubado a empresa e depois ainda lhe traí. Preciso que me perdoe, pois eu te amo de verdade.
    - Não adiantaria se eu lhe perdoasse e você novamente me ofendesse com suas atitudes.
    - Mas isso não irá mais acontecer, eu prometo à você. Acho que tudo isso que eu fiz foi por não acreditar que alguém fosse capaz de amar uma pessoa como eu, sem estar interessada apenas pelo dinheiro.
    - Você acha que todos estão apenas interessados em seu dinheiro?
    - Sim, inicialmente. Até ver o quanto você era diferente das outras e o quanto fazia falta pra mim. Você me compreendeu quando eu disse meu segredos mais obscuros. Tentou me ajudar à consertá-los. És o meu grande amor. Nunca mais amarei alguém se você for embora daqui.
    - Tudo isso que está dizendo... é verdade?
    - Tudo. E espero que sinta o mesmo por mim também.

    Ceci ficou calada por um momento, lembrando do que havia escutado naquele dia que comprovava sobre Peri estar falando a verdade pra ela.
    "O amor que ele sente por você é verdadeiro."
    "Ele te ama, de verdade, e é por isso que me deixou ontem! " - dizia Amanauci e Jacuí, em suas lembranças.

    Após ver que tudo aquilo era verdade, ela respondeu emocionada:

    - Sim, eu sinto. Mas tudo o que aconteceu entre nós nesses últimos dias me deixaram profundamente triste, Peri. Não quero sofrer novamente.
    - É por isso que eu preciso de sua ajuda. Sem você eu só piorarei cada vez mais. Você é quem me faz humano. É a única pessoa capaz de me mudar e eu concerteza te escutarei sempre a partir de agora.

    Assim, Peri saiu da cadeira. Ela também se levantou.

    - Me ajudará? Voltará pra mim? - pediu.

    Durante mais um tempo, Ceci refletiu sobre o que deveria responder e disse o que queria.

    - Sim, eu vou lhe ajudar.
    - Então, o que estamos esperando, querida? - ele perguntou e os dois se beijaram durante um bom tempo.







    CONTINUA NO CAPITULO 78 - JUNTOS, NOVAMENTE
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    Mensagem por Admin Qua Jul 14, 2010 10:38 pm

    Nos capitulos anteriores...
    Jassanã, diante de tantos problemas que enfrentava, acabou se machucando e matando o próprio filho. Ceci, que estava no local, e Abaeté à levam para o hospital.
    Amanauci, depois de se declarar para Peri, não obtendo a resposta desejada, descobre que a esposa dele era nada menos que a hóspede da sua casa, Ceci.
    Ela, por sua vez, estava no hospital e liga para as empresas Tupiniquins para avisar Peri sobre o acidente, descobrindo com Jacuí que ela e Peri estão namorando.
    Jacuí conta à Peri sobre o que aconteceu com Jassanã, omitindo sobre Ceci estar lá. Assustado com a notícia, ele sai da empresa rapidamente para o hospital.
    No hospital ele acaba sabendo que Ceci está lá e os dois finalmente se reencontram onde ela fala sobre saber que ele está com outra e os dois acabam tendo uma nova briga.
    Peri, ao saber que Jacuí tinha contado tudo pra Jassanã propositalmente, termina o relacionamente que mal começou.
    Com raiva, ela vai até Aracauê, planejando se vingar. Amanauci começa à contar para Ceci sobre seu encontro com Peri lhe fazendo ver que ele realmente a ama.
    Indo até o prédio da indústria, Ceci tem o azar de encontrar com Jacuí. As duas numa sala trancada iniciam uma discussão sobre Peri. Ele, por sua vez, chega no prédio da empresa sem saber o que está acontecendo.
    Ao ver a cena de Jacuí agredindo a esposa, Peri decide demití-la da mesma forma que com o Aracauê.
    Após ter uma conversa com Ceci, ele expõe todos os sentimentos que possui por ela e os dois se beijam.





    Assim, Peri saiu da cadeira. Ela também se levantou.

    - Me ajudará? Voltará pra mim? - pediu.

    Durante mais um tempo, Ceci refletiu sobre o que deveria responder e disse o que queria.

    - Sim, eu vou lhe ajudar.
    - Então, o que estamos esperando, querida? - ele perguntou e os dois se beijaram durante um bom tempo.

    Capítulo 78 - Juntos, novamente

    Em um clima bastante romântico, Ceci foi levada por Peri para onde morava antes de todo o conflito entre eles.
    Com o rumo direto para o quarto do casal, os dois tiveram uma grande noite de amor na mansão vazia.



    Icaraí, no quarto de hotel, estava bastante preocupada com Ceci.

    - O que será que aconteceu pra ela ainda não ter voltado.
    - Tem certeza que não sabe onde ela está agora?
    - Er... - pensou - Na verdade não. - riu.

    Amanauci foi pegar algo para comer enquanto Icaraí voltava à falar:

    - Não acredito que estou aqui há dois dias e ainda não fui pra lugar algum.
    - Você quer sair? Então vamos sair amanhã.
    - Mesmo?
    - Sim, vai querer vir comigo?
    - Tá, né? - respondeu, sem ter a opção de uma companhia melhor.



    Novamente, mais um dia iniciava naquela cidade tão agitada.
    Jassanã conseguiu dormir completamente bem, parecia estar recuperada.

    O médico passou de manhã pelo quarto e a liberou para sair do hospital à tarde.
    Abaeté estava muito contente por saber que logo estariam em casa e que ela poderia até voltar à morar com o pai, mas algo o deixava aflito. Saber que passaria a encarar mais vezes o próprio pai não era agradável, muito menos quando esse é também o pai de sua noiva. Um clima pesado e incestuo iria pairar sobre aquela casa até que algum não aguentasse e falasse sobre isso.



    Ceci acordou, feliz por estar em sua cama novamente e com o homem que amava.

    - Bom dia. - dizia ele, em seu ouvido, estando ainda deitado ao seu lado.

    Ela sorriu por um tempo até bater em suas feições uma preocupação.

    - Que foi? - Peri perguntou.
    - Eu não avisei à Icaraí que ficaria aqui. Ela e Amanda devem estar preocupadas!
    - Quem são essas?
    - São as pessoas que me ajudaram muito nesses dias. - respondeu, levantando da cama e rapidamente indo para o corredor descer as escadas da casa.
    - O que vai fazer?
    - Ligar para o hotel. Eu peguei o número de lá. Vou avisar à elas que estou bem.
    - Quero conhecê-las também. - sorriu.
    - Mas eu acho que uma você já conhece.



    Aracauê estava em casa, acordando aos poucos. Ainda não sabia o que fazer pra trabalhar em algum lugar. Seu dinheiro aos poucos acabava.
    Sua porta batia. Dessa vez, tinha a certeza de quem estava lhe visitando: Jacuí.
    Ela havia combinado no dia anterior que ele lhe esperasse do lado de fora da empresa pra que eles resolvessem o que realmente iriam fazer. Mas ao contrário do que prometeu, Jacuí não voltou para falar com ele. Isso fez com que Aracauê tivesse que se esconder de Peri no momento em que o ex-patrão chegava e também voltar pra casa cansado de aguardar alguma resposta dela.

    Abriu a porta, irritado.

    - Ah, olha só quem veio. - ironizou com Jacuí, que também não estava com feições agradáveis.

    Ela entrou na casa como se morasse lá.

    - Você não sabe o que aconteceu.
    - Claro que eu não sei. Você não saiu da empresa pra continuar com o que iríamos fazer. Me deixou lá esperando que nem um idiota!
    - Eu não fui porque ocorreram imprevistos! Fui demitida!
    - Caramba, sério? - perguntou, perdendo o tom irônico.
    - Sério. Eu briguei com aquela Ceci lá. Ele me demitiu.
    - E agora? Que que agente faz?
    - Uma mudança de planos.








    CONTINUA NO CAPITULO 79 - A VOLTA PARA CASA
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    A Chama de Tupã - Página 4 Empty Re: A Chama de Tupã

    Mensagem por Admin Qua Jul 14, 2010 10:38 pm

    Nos capitulos anteriores...
    Peri e Ceci se reconsciliam após o conflito que fez Jacuí ser demitida. Jassanã se recupera bem de sua cirurgia e é liberada para sair do hospital.
    Enquanto isso, Icaraí e Amanauci decidem passear pelo Rio de Janeiro.





    Aracauê abriu a porta, irritado.

    - Ah, olha só quem veio. - ironizou com Jacuí, que também não estava com feições agradáveis.

    Ela entrou na casa como se morasse lá.

    - Você não sabe o que aconteceu.
    - Claro que eu não sei. Você não saiu da empresa pra continuar com o que iríamos fazer. Me deixou lá esperando que nem um idiota!
    - Eu não fui porque ocorreram imprevistos! Fui demitida!
    - Caramba, sério? - perguntou, perdendo o tom irônico.
    - Sério. Eu briguei com aquela Ceci lá. Ele me demitiu.
    - E agora? Que que agente faz?
    - Uma mudança de planos.

    Capítulo 79 - A volta para casa

    Ceci ligava para o quarto em que as duas novas amigas estavam mas ninguém atendia.

    - Será que elas saíram do hotel? - tentou deduzir.
    - Devem ter ido passear pela cidade, não? - Peri respondeu.
    - É, daqui a pouco eu tento de novo então.
    - Certo.

    Ele, sem ter entendido o que a esposa falou há minutos atrás, perguntou:

    - Como assim, já conheço?
    - O que?
    - Como assim eu já conheço essa tal de Icaraí e Amanda?
    - Amanda é a mulher que foi falar com você anteontem na empresa, mais conhecida por você como Amanauci. Já Icaraí é a filha que ela teve com você.

    Peri abriu bem os olhos, assustado. Gostaria de saber se o que escutou foi o que realmente Ceci havia dito. A naturalidade da voz dela não mostrava que sentia nenhuma raiva por saber dessa história.

    - Icaraí também está louca pra te conhecer, sabia? - brincou sobre o assunto, sorrindo.

    Ele não sabia o que dizer sobre aquilo. Não era um assunto confortável. Falar sobre o passado remetia a traumas antigos dele. Principalmente, quando esse assunto envolvia uma quase traição sua e de Amanauci no momento em que se beijaram no escritório.

    - Eu... vou para o hospital saber como a Jassanã está. - mudou o rumo da conversa - Ficará aqui?
    - Não, irei com você. Estou devendo uma visita à ela. Vou tomar um banho rápido, aguarde-me.



    Abaeté contou a notícia para Jassanã de que ela poderia sair do hospital naquele mesmo dia. Isso a deixou bastante contente.

    - Ainda bem, querido. Não aguentava mais ficar aqui.
    - É, mas você terá de ficar em repouso.
    - Sim, sim. O problema é só para onde iremos, não é? - perguntou, triste por achar que não havia lugar para ficar.

    De repente, uma voz ao longe respondeu sua pergunta.

    - Para minha casa.

    Era Peri, entrando no quarto com Ceci. Havia escutado a conversa e decidiu mostrar o quanto gostaria que ela voltasse para a casa antiga.



    Icaraí e Amanauci caminhavam na praia de Copacabana. Estavam visitando os pontos mais falados do Rio de Janeiro.
    Conversavam sobre diversos assuntos, andando pelos lugares.

    Icaraí, caminhando distraída enquanto as duas voltavam para o hotel, acabou esbarrando em um homem que caiu bem à sua frente.

    - Meu Deus! - exclamou, enquanto o homem se levantava - Me desculpe. Quer que eu ajud...
    - Não, não, não se preocupe. - ele sorriu para ela, ocorrendo uma troca de olhares entre os dois.



    Jassanã foi levada para casa. Permaneceu calada durante todo o percurso enquanto Abaeté tentava disfarçar aquele estado dela rindo e conversando com Peri e Ceci. Achava que uma nova briga entre ela e o pai só traria conflitos desnecessários.

    Ao chegar em casa, Peri perguntou à ela:

    - Você está se sentindo bem, Jassanã?
    - Estou.
    - Por que está com essa cara triste então, filha?
    - É que... eu não consigo. Eu não consigo vê-lo junto ao meu noivo sem pensar em algo que está na minha cabeça há dias.

    Abaeté notou que não haveria escapatória. Jassanã falaria sobre aquele assunto de qualquer jeito.

    - Pensar em quê?
    - Em como você pode deixar seu filho e filha estarem noivos fingindo que nada de errado está acontecendo.









    CONTINUA NO CAPITULO 80 - O QUE NÃO AGUARDAVA
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    A Chama de Tupã - Página 4 Empty Re: A Chama de Tupã

    Mensagem por Admin Qua Jul 14, 2010 10:39 pm

    Capítulo 80 - O que não esperava

    Peri não esperava por aquilo. Não fazia idéia de que Jassanã sabia sobre essa história. A única suspeita que teve foi no dia em que Abaeté o chamou de pai no hospital, mas pensava ter entendido errado.
    Não sabia o que dizer ou como agir. Olhava para Abaeté mas ele olhava para o chão, evitando encarar o pai biológico.

    - Jassanã... - tentou explicar.
    - Talvez eu ficasse casada com o meu próprio irmão sem nem saber disso. Você sabia o tempo todo e fingia que nada estava errado.

    Ceci notou o quanto o marido estava nervoso naquela situação. E, mesmo não querendo, teve que entrar na discussão que iniciava:

    - Jassanã, - falou calma, indo até a moça sentada na cadeira - o seu pai tinha razões para não querer contar isso pra você. Você irá compreender.
    - Não, não irei. - respondeu, com raiva.

    Ceci olhou para Peri, avisando com seu olhar que ajudaria o marido com aquele problema. A relação dela com Jassanã parecia estar melhor. Quando chegou no hospital com Peri, ela a comprimentou com um sorriso. Parecia estar grata pelo que Ceci fez à ela quando estava à beira da morte.

    - Quer que eu traga um copo d'água. Você não pode se estressar, Jassanã. Acalme-se e tudo será esclarecido nesse momento.

    A moça não respondeu à Ceci com grosseria. Ao invés disso, agradeceu ao receber o copo. Uma compaixão pela madrasta parecia crescer nela.

    - Quer subir lá para o quarto? Conversaremos melhor para que entenda o que está acontecendo com o seu pai. - a convidou, gentil.
    - Eu não... - ela tentou não aceitar o convite mas o pai lhe interrompeu.
    - É melhor mesmo, Ceci. Eu ficarei aqui... com o Abaeté. Precisamos ter uma conversa também.

    Sem escolha, Jassanã levantou da cadeira lentamente por conta das dores e foi acompanhada por Ceci até o quarto.

    - Uma conversa entre pai... e filho. - Peri completou, quando ficou à sós com Abaeté.



    As duas entraram no quarto de Jassanã que há algum tempo estava abandonado. A moça estava reclamando sobre o assunto durante todo o lento percurso até lá. Suas dores da cirurgia não eram mais significantes naquela hora.

    - Tente se acalmar, Jassanã. - Ceci pedia, pacientemente.
    - Não é fácil, Ceci. Eu não consigo entender como ele deixou que tudo isso ficasse escondido, ficasse guardado apenas em sua mente.
    - Mas não foi bem assim...
    - Como ele pôde ser capaz de me deixar desse jeito? Pois é por causa disso que eu fiquei nesse estado atual. Quase morri! Se não fosse por você e pelo Abaeté... eu estaria morta.
    - Não pense mais besteiras.
    - Ele escondeu de todo mundo essa mentira por anos.
    - Não, ele me contou. Ele me contou isso, Jassanã, no momento em que descobriu tudo.
    - Então... vocês dois deixaram que eu noivasse com meu próprio irmão? - perguntou, quase ficando com raiva de Ceci por achar que estava sendo enganada por ela também.
    - Você acha que eu deixaria que ficasse escondido algo tão importante assim se fosse verdade?
    - Eu... - parou de falar ao pensar sobre o que Ceci havia dito - Como assim?
    - Vocês não são irmãos, Jassanã. Eu nunca deixaria que Peri escondesse algo assim de você. Não há nada de errado em se casar com o Abaeté.

    Jassanã ao escutar aquilo passava à se emocionar profundamente. Estava com medo antes de que essa história a afastasse de Abaeté, quem realmente amava.
    O sorriso gentil de Ceci ao contar isso para ela também lhe deixava mais emocionada. Chorando, abraçou a madrasta, arrependida de tudo que havia feito de ruim com ela.

    - Eu sinto muito. Eu... sinto muito pelo que fiz com você. Por tudo de ruim que fiz. Pois... mesmo depois do que lhe fiz... você só quer a minha felicidade, o meu bem.
    - Esqueça isso, Jassanã. - Ceci respondeu, também emocionada - Vamos começar tudo de novo. Esquecer o que de ruim já nos aconteceu até hoje. Iniciar uma nova família.
    - Certo... certo... - soluçava de felicidade por finalmente estar junto à madrasta como duas amigas e por saber que não havia nada de errado com o seu relacionamento amoroso.












    CONTINUA NO CAPITULO 81 - REVELAÇÕES NUNCA SÃO DEMAIS
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    A Chama de Tupã - Página 4 Empty Re: A Chama de Tupã

    Mensagem por Admin Qua Jul 14, 2010 10:43 pm

    Nos capitulos anteriores...
    Peri e Ceci se reconsciliam após o conflito que fez Jacuí ser demitida. Jassanã se recupera bem de sua cirurgia e é liberada para sair do hospital.
    Icaraí e Amanauci decidem passear pelo Rio de Janeiro e encontram um homem pelo qual Icaraí troca olhares.
    Jassanã pergunta o porquê do pai fingir que tudo está bem quando sabe que ela está noiva do próprio irmão.
    Ceci, vendo o quanto ela e Peri estavam nervosos, tenta acalmar Jassanã explicando calmamente a situação e dizendo que ela e Abaeté não são irmãos.
    Jassanã fica emocionada ao saber disso e pede desculpas à madrasta por tudo de ruim que já fez à ela. Assim as duas se reconciliam.





    Permaneceram abaçadas. Ceci naquele momento parecia ser a mãe que Jassanã nunca teve.

    Após se acalmar, Jassanã lembrou de perguntar algo:

    - Ceci, então se o Abaeté não é meu irmão, foi uma mentira tudo isso dele ser filho do meu pai? Por que inventaram uma coisa dessas?

    Capítulo 81 - Revelações nunca são demais

    - Na verdade, Jassanã... essa situação é um pouco mais complicada do que parece. O seu pai... fez muitas coisas a quais se arrepende atualmente. Coisas como estar com mulheres à força. - começou à explicar.



    Enquanto isso, Peri e Abaeté tinham uma conversa bastante parecida. Peri havia oferecido água para Abaeté e tentava conversar sobre outras coisas até o rapaz não aguentar e dizer:

    - Jassanã e eu soubemos que éramos irmãos nessa semana. Ficamos desesperados mas quero dizer que nada vai me impedir de ficar com ela. Posso até me tornar um pecador, mas o meu amor por ela não mudará.
    - Pare... - Peri o interrompeu.

    Estava decidido a começar a explicação sobre o que realmente importava naquela hora.

    - Eu... me arrependo muito das coisas que fiz na minha vida quando era jovem. Imagino que muitas mulheres me odiaram a partir daquela época. Eu era um grosso, rude. Forçava as garotas à estarem comigo.



    - Nessa época ele esteve com muitas mulheres, e até engravidou algumas. - Ceci continuava do quarto a história que contavam quase simutaneamente.

    Jassanã estava ansiosa querendo saber o rumo que aquela história contada daria.



    - Nenhuma me disse que esperava um filho meu. Foi nessa época, então, que eu perdi... meu pai.



    - Ele acabou mudando seu jeito de ser depois de perder o pai. E quando pensava em ter uma família, filhos...



    - Foi quando apareceu bem no meu carro uma moça, chorando.



    - Ela foi a primeira esposa dele.



    - Chamava-se María. Tinha aspectos tristes e muita vergonha por mim ser rico. Ela não tinha pra onde ir, o estudante que lhe engravidou desapareceu depois de uma revolução estudantil. Estava em dúvida sobre o que fazer até que eu ofereci minha própria casa para ela ficar e quis cuidar de sua filha como se fosse minha. Acabamos sendo marido e mulher com um bebê para cuidar.



    - Ele 'adotou' aquele bebê e criou como se fosse seu filho.
    - Então... - Jassanã deduziu, surpresa - eu é que não sou a filha dele nessa história?



    - Não - Peri respondeu à mesma pergunta que Abaeté havia feito - Ela não é minha filha de sangue.

    O rapaz estava chocado com aquilo. Queria saber se ele também não era o filho de Peri.

    - E eu? Sou seu filho? - perguntou nervoso.

    Peri hesitou por um momento dar a resposta.

    - Sim, você é. Eu soube no momento em que contou sobre sua mãe, sobre quem era seu pai... um dono de empresa.



    - A pessoa que não sabe quem são os pais aqui sou eu apenas?! - perguntou, um pouco descontrolada. A sua vontade de chorar voltava.
    - Calma, Jassanã.
    - Calma? Ele mentia pra mim de todo jeito. Minha vida é uma mentira. Eu não sei o que é verdade, o que é mentira. Pessoas na rua talvez saibam mais de mim do que eu mesma.
    - Não é bem assim. Você sempre soube que sua mãe havia abandonado o Peri. Ele talvez não achasse necessário dizer que você não era filha biológica dele também.
    - Eu tinha o direito de saber. Ele nunca disse ao menos o nome da minha mãe. Ou... onde ela está.
    - Não quero mais me envolver nesse assunto. Isso já é uma conversa que vocês dois devem ter.
    - E é o que eu quero fazer agora. Por favor, me ajude à ir para a sala, Ceci.
    - Você não acha melhor se acalmar um pouco?
    - Eu não sei mais. Estou tão aflita com tudo isso que gostaria de falar com ele agora.



    Peri e Abaeté estavam emocionados.

    - Filho... Eu mudei. Espero que me aceite do jeito que sou e que... me perdoe pelo que causei na sua vida e de sua mãe.

    Os dois se abraçaram. Abaeté chorava por saber que estava finalmente com um pai que nunca teve e com uma noiva que não era sua irmã.
    Durante a emoção que os dois tinham de pai e filho, uma voz interrompeu a cena:

    - Já contou tudo, pai... quer dizer, Peri.








    CONTINUA NO CAPITULO 82 - VERDADES NECESSÁRIAS
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    Mensagem por Admin Qua Jul 14, 2010 10:44 pm

    Nos capitulos anteriores...
    Peri e Ceci se reconsciliam após o conflito que fez Jacuí ser demitida. Jassanã se recupera bem de sua cirurgia e é liberada para sair do hospital.
    Icaraí e Amanauci decidem passear pelo Rio de Janeiro e encontram um homem pelo qual Icaraí troca olhares.
    Jassanã pergunta o porquê do pai fingir que tudo está bem quando sabe que ela está noiva do próprio irmão.
    Ceci, vendo o quanto ela e Peri estavam nervosos, tenta acalmar Jassanã explicando calmamente a situação e dizendo que ela e Abaeté não são irmãos.
    Jassanã fica emocionada ao saber disso e pede desculpas à madrasta por tudo de ruim que já fez à ela. Assim as duas se reconciliam.
    Abaeté e Jassanã descobrem simutaneamente por Peri e Ceci que não são irmãos.





    Peri e Abaeté estavam emocionados.

    - Filho... Eu mudei. Espero que me aceite do jeito que sou e que... me perdoe pelo que causei na sua vida e de sua mãe.

    Os dois se abraçaram. Abaeté chorava por saber que estava finalmente com um pai que nunca teve e com uma noiva que não era sua irmã.
    Durante a emoção que os dois tinham de pai e filho, uma voz interrompeu a cena:

    - Já contou tudo, pai... quer dizer, Peri.

    Capítulo 82 - Verdades Necessárias

    - Filha - Peri chamou, ao reconhecer sua voz. Procurou a filha que estava lhe olhando junto com Ceci pelo primeiro andar da casa.

    Jassanã segurou em Ceci para que esta lhe ajudasse à descer as escadas.

    - Eu não sou sua filha, esqueceu?
    - Pra mim você sempre será. Que bom que agora já sabe tudo.
    - Bom?! - o estresse dela aumentava gradativamente assim como a aproximação de Peri enquanto descia as escadas - Deixou pra me contar tudo isso apenas depois de mim ter passado por tanto sofrimento.
    - Eu nunca faria isso propositalmente, Jassanã.
    - Mas fez. Todo esse meu sofrimento atual foi causado por um simples motivo que você poderia ter me contado antes. EU MATEI O MEU PRÓPRIO FILHO! - Alterou-se, chorando por lembrar do incidente. - QUASE MORRI JUNTO! E TUDO ISSO POR ACHAR QUE ESTARIA NOIVA DO MEU IRMÃO.

    Ceci chorava por sentir a tristeza que Jassanã tinha naquele momento. Abaeté também estava de cabeça baixa e triste por lembrar do ocorrido.

    - Jassanã... - Peri tentava explicar, nervoso - Tente me entender. Eu sabia que vocês não eram irmãos, achei que faria um conflito entre nós desnecessário e não imaginava que, de alguma forma, vocês saberiam dessa mentira e acreditariam.

    Jassanã passou a ficar calada, enquanto Peri continuava:

    - Sei o quanto deve ter sofrido e que mil desculpas minhas não adiantarão nesse momento. Por isso, não obrigarei você à falar comigo e me desculpar. Ficará aqui pois essa casa é sua também. Peço apenas que pense melhor nesse assunto e tente, algum dia, me perdoar pelo que fiz à você.

    Peri, então, saiu da sala e foi para o seu quarto. Ceci foi atrás dele, deixando Jassanã e Abaeté sozinhos na sala.



    Icaraí e Amanauci chegaram no hotel. Icaraí, sorridente, deitou na cama para assistir TV.

    - Até que foi legal esse nosso passeio, não é? - ela disse para a mãe.
    - É. - Amanauci respondeu, indo até ela e vendo o seu olhar - Até parece que você gostou por causa do passeio em si.
    - Como?
    - Acha que eu não vi o modo que você olhou para aquele rapaz que caiu à nossa frente?

    Ela riu, deitada na cama.

    - E ele retribuiu o olhar, certo? - Amanauci continuou.



    - Está mais calma, querida? - Abaeté perguntou, após alguns minutos dos dois estarem calados no sofá da mansão de Peri.
    - Não. - enxugava as lágrimas - Saber que toda a minha vida foi uma mentira não é fácil, Abaeté. Eu não sei quem é minha mãe, quem é meu pai, não sei quantos irmãos posso ter, perdi meu filho por isso...
    - Meu amor, mas você não deveria pôr toda a culpa em seu pai.
    - Ele não é meu pai, ele é seu.
    - Não é por causa disso que ele deixará de ser seu pai. Ele te ama e só quer o seu bem. Nunca faria algo pra lhe machucar. E foi pensando em você não sofrer que ele não contou nada antes. Você não acha que ele merece um perdão?









    CONTINUA NO CAPITULO 83 - PERDÃO
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    Mensagem por Admin Qua Jul 14, 2010 10:45 pm

    Nos capitulos anteriores...
    Peri e Ceci se reconsciliam após o conflito que fez Jacuí ser demitida. Jassanã se recupera bem de sua cirurgia e é liberada para sair do hospital.
    Icaraí e Amanauci decidem passear pelo Rio de Janeiro e encontram um homem pelo qual Icaraí troca olhares.
    Jassanã pergunta o porquê do pai fingir que tudo está bem quando sabe que ela está noiva do próprio irmão.
    Ceci, vendo o quanto ela e Peri estavam nervosos, tenta acalmar Jassanã explicando calmamente a situação e dizendo que ela e Abaeté não são irmãos.
    Jassanã fica emocionada ao saber disso e pede desculpas à madrasta por tudo de ruim que já fez à ela. Assim as duas se reconciliam.
    Abaeté e Jassanã descobrem simutaneamente por Peri e Ceci que não são irmãos. Jassanã se revolta com tudo de ruim que aconteceu com ela por não saber antes.





    - Está mais calma, querida? - Abaeté perguntou, após alguns minutos dos dois estarem calados no sofá da mansão de Peri.
    - Não. - enxugava as lágrimas - Saber que toda a minha vida foi uma mentira não é fácil, Abaeté. Eu não sei quem é minha mãe, quem é meu pai, não sei quantos irmãos posso ter, perdi meu filho por isso...
    - Meu amor, mas você não deveria pôr toda a culpa em seu pai.
    - Ele não é meu pai, ele é seu.
    - Não é por causa disso que ele deixará de ser seu pai. Ele te ama e só quer o seu bem. Nunca faria algo pra lhe machucar. E foi pensando em você não sofrer que ele não contou nada antes. Você não acha que ele merece um perdão?

    Capítulo 83 - Perdão

    O dia foi passando, Peri ficou no quarto com Ceci. Os dois conversaram sobre os diversos problemas que estavam enfrentando. Ceci citou a filha Icaraí que gostaria de conhecê-lo, Peri citou as empresas que não iam bem desde a armação que Jassanã fez até todos esses dias que ele ficou sem administrar. Aquela semana havia desorganizado completamente a vida dos dois.
    Sem ter mais o que fazer naquele momento, deitaram na cama e dormiram, esperando que o dia seguinte fosse mais calmo.



    No outro dia, as duas hóspedes do hotel, Icaraí e Amanauci foram avisadas pelo recepcionista de uma visitante que estava à caminho do quarto das duas.

    - Ceci! - Icaraí a cumprimentou ao abrir a porta e vê-la.
    - Já estávamos preocupadas sem ter notícias suas. - Amanauci disse enquanto Ceci abraçava sua filha.
    - Mas depois deduzimos aonde você estaria e que tudo estava bem. - Icaraí complementou.
    - Desculpem-me por não ter vindo antes, é que... as coisas estavam um pouco complicadas na casa de Peri.
    - Então vai voltar mesmo pra lá. Está decidido? - Icaraí perguntou, sorrindo pela felicidade estampada no rosto da amiga.
    - Sim, vou.



    Peri foi até sua empresa. Tinha muito o que fazer já que não havia se concentrado no trabalho há dias e no dia anterior nem sequer foi até o prédio da indústria Tupiniquim.
    Estava sem secretária e sem contínuo. Seu escritório completamente vazio o perturbava. Queria arranjar logo alguém para ocupar os cargos vazios naquela sala.



    Abaeté passou a noite no quarto de Jassanã. Ela, por sua vez, pensava se perdoar o pai seria o melhor à fazer. As palavras do noivo haviam lhe ajudado à pensar mais que o Peri estava o tempo inteiro querendo apenas o bem dela.



    - E então? Como foi? - Icaraí perguntou, ao se sentar com Ceci para conversar sobre o que tinha acontecido naqueles dois dias.
    - Eu fui até lá. Ele estava no hospital, visitando a filha. Com um terrível azar, eu encontrei a secretária dele. Ela se trancou no escritório junto comigo para me obrigar a esquecer o Peri.
    - Meu Deus! - Icaraí disse, colocando as mãos na boca ao saber da história.
    - Ele quando chegou, abriu a porta e a demitiu de lá.
    - Bem feito!
    - Nós conversamos. Ele me pediu perdão por tudo o que aconteceu. Disse que eu sou a única pessoa que o tornava humano e que não queria me perder.
    - Ohhhhhn - Icaraí, derretia-se com aquele romance.
    - Então... fomos pra casa. - riu.

    Amanauci que estava calada durante toda a conversa das duas, falou:

    - Ele parece ter mudado bastante depois de estar com você, Ceci. Os dois merecem ficar juntos e felizes.
    - Obrigada, Amanda. - sorriu.
    - Mas e então? O que mais aconteceu ontem pra você não poder vir?
    - Eu liguei pra cá de manhã, mas vocês não estavam. Aí eu e o Peri fomos...

    Assim, Ceci passou a contar detalhadamente todo o conflito que passou no dia anterior. Avisou também que havia conversado com Peri sobre Icaraí e que ele gostaria de conhecê-la.
    Icaraí sorriu, passava a gostar de Peri após aqueles dias.
    As duas começaram à conversar sobre outros assuntos. Icaraí citou o homem que caiu à sua frente.
    No fim da conversa, elas decidiram sair do hotel para passear novamente pela cidade.



    Jacuí e Aracauê estavam, mais uma vez, conversando sobre o plano que inventavam. Aracauê estava intrigado quanto à estratégia de Jacuí:

    - Nós não conseguiremos fazer isso.
    - Claro que conseguiremos. - ela respondeu.
    - Então como vamos entrar lá? Precisamos ao menos da chave.
    - E quem disse que eu não tenho? - Ela, assim, tirou do bolso a cópia da chave do escritório de Peri e mostrou ao ex-contínuo. Havia feito aquela cópia no dia de sua demissão, antes da briga com Ceci.



    Peri, com vários afazeres no dia, recebeu uma visita inesperada em seu escritório.

    - Jassanã?








    CONTINUA NO CAPITULO 84 - AJUDA
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    A Chama de Tupã - Página 4 Empty Re: A Chama de Tupã

    Mensagem por Admin Qua Jul 14, 2010 10:45 pm

    Nos capitulos anteriores...
    Peri e Ceci se reconsciliam após o conflito que fez Jacuí ser demitida. Jassanã se recupera bem de sua cirurgia e é liberada para sair do hospital.
    Icaraí e Amanauci decidem passear pelo Rio de Janeiro e encontram um homem pelo qual Icaraí troca olhares.
    Jassanã pergunta o porquê do pai fingir que tudo está bem quando sabe que ela está noiva do próprio irmão.
    Ceci, vendo o quanto ela e Peri estavam nervosos, tenta acalmar Jassanã explicando calmamente a situação e dizendo que ela e Abaeté não são irmãos.
    Jassanã fica emocionada ao saber disso e pede desculpas à madrasta por tudo de ruim que já fez à ela. Assim as duas se reconciliam.
    Abaeté e Jassanã descobrem simutaneamente por Peri e Ceci que não são irmãos. Jassanã se revolta com tudo de ruim que aconteceu com ela por não saber antes.
    Abaeté tenta convencê-la de que o ato de Peri não ter lhe contado nada antes não havia sido por mal.
    Icaraí, Amanauci e Ceci após se reencontrarem, conversam e decidem sair do hotel.





    Peri, com vários afazeres no dia, recebeu uma visita inesperada em seu escritório.

    - Jassanã?

    Capítulo 84 - Ajuda

    - Pai? Você... está ocupado?
    - Na verdade, sim. Mas...
    - Então me desculpe. Depois eu... - disse, em direção à saída.
    - Não, não. Pode dizer, o que deseja?
    - É que... eu queria ter uma conversa... com você.
    - Oh, querida. Sente-se. Sobre o que você quer conversar?

    Jassanã se sentou. Não parecia muito confortável naquele escritório.

    - Sobre... uma nova interpretação do porquê você não ter me contado que não era meu pai antes.

    Peri ficou calado, deixando que ela terminasse de dizer o que gostaria.

    - Entendi que você queria apenas o meu bem e... sinto muito... por ter agido daquela forma ontem.

    Era notável o desconforto que ela sentia naquela situação. Não era fácil mudar seu jeito arrogante de antes e assumir que estava errada em algo, pedindo desculpas por isso.

    - Filha... - Peri falou, emocionando-se.

    Jassanã continuou:

    - Vim logo aqui pois não queria que se preocupasse comigo em relação à esse assunto. Você já tem problemas demais pra resolver por hoje e eu... não quero ser um deles novamente.
    - Você não é...
    - Pretendo lhe ajudar sempre que possível a partir de agora. - Ela interroupeu Peri mais uma vez - Procurarei um trabalho e para o que você precisar, estarei disposta.
    - Oh, filha. - Peri levantou da cadeira e foi até ela para lhe abraçar. - Muito obrigado por me entender. Eu nunca quis lhe machucar em momento algum. Não se preocupe em me pedir perdão, não se preocupe em me oferecer ajuda pois não precisarei dela por en... - Parou e pensou melhor sobre em que Jassanã poderia lhe ajudar naquele momento. - Na verdade... eu preciso sim.



    Abaeté saiu da mansão Tupiniquim junto com Jassanã, porém os rumos dos dois foram diferentes. Ele foi para a sua casa, ou antiga casa.
    Bateu na porta e ela foi rapidamente aberta, como se a pessoa que estava dentro da casa estivesse desesperada para que batessem.

    - Abaeté! - Iracema o recebeu.



    Ceci, Icaraí e Amanauci foram almoçar em um restaurante da cidade. As três aproveitaram para conversar sobre outros assuntos.
    O garçom do restaurante passou à oferecer bebidas alcoólicas:

    - Aceitam algum drink, senhoritas.

    Ceci e Icaraí estavam prontas para recusar até que Amanauci respondeu:

    - Quero sim, obrigada.
    - Mãe, a senhora vai beber? - Icaraí perguntou.
    - Vou sim, por que? Estamos de férias aqui. Vamos aproveitar e brindar a felicidade de Ceci neste momento.

    Após ver a mãe beber com tanta felicidade o seu drink, Icaraí aceitou um quando o garçom ofereceu pela segunda vez. Logo depois, Ceci também aceitou.

    - Gente, eu sou fraca pra bebida. - Icaraí alertou.

    Durante a longa conversa que tinham, a comida acabou e os pedidos passaram à ser apenas de bebida. Estavam cada vez mais soltas para falar sobre qualquer coisa.

    - Nossa, uma hora dessas, todos trabalhando e nós aqui, bebendo no almoço. - Ceci comentou, rindo.

    Após algumas doses bebidas, Amanauci iniciou a falar de algo que estava guardado nela há um bom tempo.

    - Sabe... - Disse, embriagada - eu pensava muito no Peri...



    - Em que?
    - Não, deixa. Deixa pra lá. - Desistiu do pedido, achando que a filha recusaria.
    - Diga em que posso ajudá-lo, pai.
    - É que... Eu estava pensando em alguém para trabalhar junto à mim aqui no escritório. Depois de tantas confusões, gostaria de alguém de minha confiança. Alguém que eu realmente conhecesse. Acho que não há opção melhor do que você pra ser minha secretária.








    CONTINUA NO CAPITULO 85 - CONVERSAS, BEBIDAS, SURPRESAS
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    Mensagem por Admin Qua Jul 14, 2010 10:45 pm

    Nos capitulos anteriores...
    Peri e Ceci se reconsciliam após o conflito que fez Jacuí ser demitida. Jassanã se recupera bem de sua cirurgia e é liberada para sair do hospital.
    Icaraí e Amanauci decidem passear pelo Rio de Janeiro e encontram um homem pelo qual Icaraí troca olhares.
    Jassanã pergunta o porquê do pai fingir que tudo está bem quando sabe que ela está noiva do próprio irmão.
    Ceci, vendo o quanto ela e Peri estavam nervosos, tenta acalmar Jassanã explicando calmamente a situação e dizendo que ela e Abaeté não são irmãos.
    Jassanã fica emocionada ao saber disso e pede desculpas à madrasta por tudo de ruim que já fez à ela. Assim as duas se reconciliam.
    Abaeté e Jassanã descobrem simutaneamente por Peri e Ceci que não são irmãos. Jassanã se revolta com tudo de ruim que aconteceu com ela por não saber antes.





    - Em que?
    - Não, deixa. Deixa pra lá. - Desistiu do pedido, achando que a filha recusaria.
    - Diga em que posso ajudá-lo, pai.
    - É que... Eu estava pensando em alguém para trabalhar junto à mim aqui no escritório. Depois de tantas confusões, gostaria de alguém de minha confiança. Alguém que eu realmente conhecesse. Acho que não há opção melhor do que você pra ser minha secretária.

    Capítulo 85 - Conversas, Bebidas, Surpresas

    - E então? Aceita? - ele perguntou.
    - Sim, eu aceito. - Respondeu, sorrindo, para a surpresa de Peri. - Que bom que tenho sua cofiança para tratar dos negócios da empresa.
    - Você sempre teve minha confiança e acho que está muito mais amadurecida agora. Obrigado por aceitar e querer me ajudar.



    - Sabe... - Amanauci iniciou, embriagada - eu pensava muito no Peri... Achei que fosse apaixonada por ele. Mas agora... não acho mais. O Mauro é alguém que realmente gosta de mim. É o meu marido e eu não vou largar ele por ninguém ainda mais que o outro já está domado, certo? - riu.

    As três soltaram gargalhadas que afetaram as conversas das mesas próximas.
    Ceci por um momento sentiu desconfortável ao falarem de Peri e do que Amanauci sentia por ele.

    - Mas acho que qualquer mulher fica balançada pelo Peri. - Ceci disse, tentando amenizar e acabar com aquele assunto.

    Os assuntos mudaram e os drinks continuavam à ser servidos de tal forma que não sabiam nem as horas. De todas Amanauci era a mais solta por estar bebendo muito mais que Ceci e Icaraí.
    A conversa fluia de tal forma à Amanauci começar a falar sobre o desempenho sexual de Mauro nos últimos meses. Ceci ria bastante e Icaraí levantou da cadeira por não gostar do assunto.

    - Isso é constrangedor demais pra mim.

    Ao levantar-se da cadeira bruscamente à procura do sanitário, Icaraí sentiu uma tontura causada pelo álcool em seu organismo.
    Andou cambaleante à procura do sanitário até encontrá-lo, endireitando sua postura com um tempo. Ao sair do sanitário, sentindo-se melhor, acabou esbarrando em um homem que estava no restaurante. Este, olhou para ela imediatamente e viu que ela cairia no chão.
    Segurou-a até lhe reconhecer. Icaraí também o reconheceu:

    - Está me perseguindo, por acaso?



    - Abaeté! - Iracema recebeu o filho. - Eu estava tão preocupada! Você não deu nenhuma notícia por todos esses dias. Onde estava?
    - Mãe, não finja que está tudo bem depois do que aconteceu na nossa última conversa. - respondeu, grosseiro.

    Ele entrou na casa indo em direção ao quarto.

    - O que pretende fazer? - ela perguntou, seguindo-o.
    - Vou sair dessa casa.
    - Você não pode fazer isso! Vai me deixar sozinha?! Não faz idéia de como fiquei nesses dias em que você passou longe daqui. Pensei até que tivesse morrido.
    - Eu estava no hospital, onde uma pessoa morreu e outra por pouco não. E tem uma coisa que você precisa saber: Os dois casos foram culpa sua!
    - Do que está falando?
    - Quer saber? Eu não estou afim de discutir com a senhora. Irei sair daqui, deixá-la em paz. Não precisa mais se preocupar comigo.



    - Lembrou de mim? - o rapaz perguntou.
    - Claro que sim, já nos esbarramos antes.
    - Então ficou com saudades e quis esbarrar em mim novamente? - Riu.
    - Não. - Respondeu séria. - Pra quê eu faria isso. Eu nem te conheço, não sei nem seu nome. É que...
    - Sou Silvio, e você?
    - Icaraí. Sinto muito esbarrar em você novamente...
    - Mas é coincidência demais, não? Acho que é o destino.
    - Não estou entendendo.
    - Acho que nós deveríamos realmente nos conhecer melhor.
    - Foi apenas um esbarrão acidental.
    - Não, não foi. Tenho certeza que pensou em mim ontem o resto do dia.

    Icaraí percebeu o quanto aquele homem era convencido. Mas o pior é que o que ele falou era a verdade.

    - Está louco? Por que eu pensaria em você se apenas nos esbarramos acidentalmente?

    Silvio foi até o ouvido de Icaraí, cochichando:

    - Porque eu mexi com você. Eu vi como olhou para mim.
    - Só pode estar delirando.
    - É? Então o que você acha de mim continuar cochichando em seu ouvido... assim... mais perto... baixinho...

    Icaraí teve um surto repentino e agarrou Silvio pela cabeça, beijando-o desesperadamente. A bebida fez um enorme efeito nela.








    CONTINUA NO CAPITULO 86 - CONHECIDO
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    Mensagem por Admin Qua Jul 14, 2010 10:46 pm

    Nos capitulos anteriores...
    Abaeté e Jassanã descobrem simutaneamente por Peri e Ceci que não são irmãos e que Jassanã é que não é a filha biológica de Peri. Ela se revolta com tudo de ruim que aconteceu com ela por não saber antes.
    Abaeté tenta convencê-la de que o ato de Peri não ter lhe contado nada antes não havia sido por mal. Jassanã passa a compreender. Pedindo desculpas ao pai de consideração, ela se oferece para ajudá-lo em qualquer coisa. Peri, por demitir Jacuí e Aracauê, pede que ela seja sua nova secretária.
    Icaraí, Amanauci e Ceci após se reencontrarem, conversam e decidem sair do hotel. As três passam a conversar e Amanauci à beber. Icaraí encontra com Silvio, o homem que ela esbarrou no dia anterior.





    - Está louco? Por que eu pensaria em você se apenas nos esbarramos acidentalmente?

    Silvio foi até o ouvido de Icaraí, cochichando:

    - Porque eu mexi com você. Eu vi como olhou para mim.
    - Só pode estar delirando.
    - É? Então o que você acha de mim continuar cochichando em seu ouvido... assim... mais perto... baixinho...

    Icaraí teve um surto repentino e agarrou Silvio pela cabeça, beijando-o desesperadamente. A bebida fez um enorme efeito nela.

    Capítulo 86 - Conhecido

    Após ter a consciencia e a vergonha do que fazia, Icaraí o soltou. Silvio estava sorrindo:

    - Não disse?



    - Eu não acredito que você vai para a casa daquele cretino! - Iracema falava, estressada, ao ver o filho terminando de fazer as malas para sair da casa.
    - Vou, vou sim.
    - Então vai me deixar só? Vai me deixar aqui só? Eu que cuidei de você a vida inteira. Eu que só quis o seu bem.
    - Não se pode querer um bem de uma pessoa, passando por cima da vida das outras! - fechou a mala, preparando-se para sair.
    - Me desculpe! - implorou - Eu não sabia o que estava fazendo. Só pensei em você. Por favor, me perdoe.

    Abaeté olhou para ela um momento.

    - Quem sabe um dia.

    E fechou a porta.



    Icaraí ficou conversando por um tempo com Silvio. Aquele jeito convencido dele passava à conquistá-la. Ele era mais velho, a diferença entre os dois era de quase vinte anos. Mas pra ela, não afetava o que poderia ser um namoro.

    Amanauci bebia cada vez mais. Seu motivo de beber, na verdade, era pra esquecer que realmente gostava de Peri e esconder de si própria sua quase inveja da amiga Ceci.

    Ceci saiu da mesa para procurar Icaraí e ir embora do restaurante. Passou por perto do casal mas não identificou.

    - Ceci! - Icaraí chamou.

    Silvio tomou um susto ao ver que Icaraí conhecia aquela mulher.

    - Ah, oi Icaraí. Estava te procurando.
    - O que foi?
    - É que eu acho melhor voltarmos logo, pois sua mãe não pára de beber. Ela pode se sentir mal depois, sabe.
    - E mesmo. Ela nunca foi de beber tanto. Deve estar muito feliz com essas férias e por você também.
    - É, né? - riu.
    - Ceci. - a voz masculina de Silvio se manifestou.

    Ceci assustou-se ao reconhecê-lo.

    - Silvio! Nossa, quanto tempo.
    - É mesmo. Como você está?
    - Eu? Estou... bem.

    Icaraí passava a se sentir deslocada daquela conversa. Assim, acelerou a despedida com o Silvio e quis sair logo do restaurante.

    - Então... nos vemos outro dia, não é? - ele perguntou.
    - É, qualquer dia esbarramos de novo por aí. - Icaraí respondeu, rindo.



    Jassanã, ao notar o quanto o pai estava atarefado, decidiu ajudá-lo naquele mesmo dia. Procurou o que deveria fazer com o auxílio dele.
    Sempre que fazia algo, recebia os agradecimentos de Peri.

    Ele estava muito contente, mesmo com tantas coisas para fazer. Pois, afinal, tudo em sua vida estava voltando ao normal e até melhor que antes.



    Ceci e Icaraí levaram Amanauci alcoolizada até um táxi para a casa de Peri.
    Durante o caminho, Icaraí perguntou o que já tinha na cabeça desde o momento que saíram do restaurante:

    - Ceci, que mal lhe pergunte, de onde você conhece o Silvio?

    Ceci, que torcia para que Icaraí não pensasse nisso, respondeu séria:

    - O Silvio? Ele... era o meu noivo.








    CONTINUA NO CAPITULO 87 - CASA CHEIA
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    Mensagem por Admin Qua Jul 14, 2010 10:46 pm

    Nos capitulos anteriores...
    Abaeté e Jassanã descobrem simutaneamente por Peri e Ceci que não são irmãos e que Jassanã é que não é a filha biológica de Peri. Ela se revolta com tudo de ruim que aconteceu com ela por não saber antes.
    Abaeté tenta convencê-la de que o ato de Peri não ter lhe contado nada antes não havia sido por mal. Jassanã passa a compreender. Pedindo desculpas ao pai de consideração, ela se oferece para ajudá-lo em qualquer coisa. Peri, por demitir Jacuí e Aracauê, pede que ela seja sua nova secretária.
    Icaraí, Amanauci e Ceci após se reencontrarem, conversam e decidem sair do hotel. As três passam a conversar e Amanauci à beber. Icaraí encontra com Silvio, o homem que ela esbarrou no dia anterior. Ceci encontra os dois e Silvio lhe reconhece.





    Ceci e Icaraí levaram Amanauci alcoolizada até um táxi para a casa de Peri.
    Durante o caminho, Icaraí perguntou o que já tinha na cabeça desde o momento que saíram do restaurante:

    - Ceci, que mal lhe pergunte, de onde você conhece o Silvio?

    Ceci, que torcia para que Icaraí não pensasse nisso, respondeu séria:

    - O Silvio? Ele... era o meu noivo.

    Capítulo 87 - Casa cheia

    Icaraí não esperava por aquela resposta.

    - Meu Deus, Ceci, eu não fazia idéi...
    - Não, nem se preocupe com isso. - Tranquilizou - Não temos mais nada faz muito tempo. Acho que não o vejo há quase dez anos.

    Mesmo assim, o clima entre as duas ficou estranho. Icaraí se sentia mal ao estar prestes à se relacionar com um homem mais velho que ainda foi o ex de sua amiga.
    Não queria mais falar sobre aquilo, porém sua curiosidade não deixou que uma dúvida fosse escondida:

    - Você o trocou pelo Peri?
    - Er... sim. Acho que ele sente um pouco de raiva de mim até hoje por isso.

    As duas ficaram em silêncio até Ceci voltar à falar:

    - Por falar nele, vamos para a casa de Peri?
    - Quê?! - Espantou-se com a idéia repentina.
    - É. Já está na hora de vocês se encontrarem. Ele quer te ver.



    Peri já estava saindo da empresa com a sua filha ao lado. A ajuda dela foi de grande importância naquele dia.
    Enquanto saiam, Jassanã avisou:

    - Pai, eu... chamei o Abaeté para morar conosco. Ele estava muito preocupado sobre voltar à morar com a mãe. Tem algum problema ele ficar conosco?

    Peri estava achando que tudo estava sendo rápido demais. Seu primeiro encontro com Abaeté como pai e filho havia sido há apenas um dia antes e ele já vai morar em sua casa. Porém, ele era seu filho e estava noivo de sua filha de criação a qual tanto amava.

    - Não, claro que não tem problema. Ele morará conosco agora.



    Ao chegar em casa, Peri a encontrou com várias pessoas. Algo muito raro.
    Abaeté estava de pé, com sua mala no chão. No sofá, estavam Ceci e Icaraí conversando com ele. Damiana estava com sua bandeja servindo café para Icaraí e fazendo comentários sobre como ela fez seus biscoitos. Amanauci estava na poltrona da sala, dormindo.

    Os quatro notaram rapidamente a presença de Peri e Jassanã no local. Peri olhou para cada com um pequeno sorriso. Estava feliz por ver a casa cheia.
    Seu olhar passou por Abaeté, até chegar em Damiana, Ceci e por último Icaraí, que o olhava nervosa e séria.
    Peri perguntava para si próprio se haveria alguma forma de adiar sua conversa com a outra filha até então desconhecida.

    Ceci levantou-se do sofá e foi até ele, falando baixinho:

    - Essa, Peri, é Icaraí. Sua filha.
    - É, eu imaginei.

    Ele andou até o centro da sala onde estava o sofá. Notou apenas naquele momento a presença de Amanauci, dormindo profundamente.
    Soltou um comentário, sorrindo para a filha sem saber o que dizer:

    - Boa noite.
    - 'noite - ela respondeu, envergonhada. Não sabia também o que dizer.

    Jassanã foi para perto Abaeté, não queria se envolver naquela situação. Abaeté cochichou para ela:

    - E então? Ficarei aonde?
    - Já falei com ele e ele disse que poderá ficar aqui sim mas não disse o local. Então vai pro meu quarto, vai. Ninguém vai perceber agora. - respondeu, também cochichando.

    Abaeté pegou a mala delicadamente e passou a subir as escadas até o quarto da noiva sem ser notado, enquanto todos estavam olhando uma para o outro naquela situação desagradável.

    Icaraí levantou do sofá, tomando finalmente uma atitude:

    - Gostaria de ter uma conversa à sós com você.
    - C-claro. Vamos para o quarto de livros daqui. - respondeu, indo até o local para guiá-la.

    Ela parou por um instante e chamou:

    - Ceci, gostaria de ter você ao meu lado também.

    Ceci foi acompanhá-la, deixando Jassanã e Damiana sozinhas na sala com Amanauci dormindo.
    Jassanã sentiu-se completamente excluída daquilo.

    Abaeté escutou a conversa e por achar que o quarto de livros era no primeiro andar, correu com as malas até o quarto de Jassanã.
    Ela subiu as escadas para se encontrar com o noivo novamente e ajudá-lo a arrumar seus objetos. Ainda sentia dores ao se locomover, por isso caminhava lentamente.



    Peri já estava no local. Passou pelas prateleiras e puxou alguns livros. Icaraí apareceu com Ceci logo atrás. Ele continuou a olhar o livro que tinha na mão até escutar a voz dela e sentir sua presença:

    - Eu já ouvi muita coisa sobre você, Peri. Coisas boas... e coisas más. Dessa vez eu quero esquecer o que já escutei e saber por você. Quero que diga como é o meu pai. Como é você.







    CONTINUA NO CAPITULO 88 - DESABAFO

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